A sede da Confederação Nacional de Municípios (CNM) em Brasília foi o cenário de um dos maiores encontros municipalistas do ano. Na última terça-feira (15), mais de dois mil gestores municipais se reuniram para discutir os interesses dos entes locais na Reforma Tributária e a crescente crise enfrentada pelos municípios devido ao aumento das despesas e às constantes quedas nas receitas.
O presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, liderou a mobilização, proporcionando um espaço de diálogo entre os municipalistas. Representantes da Amplanorte marcaram presença no evento, incluindo Emerson Maas, presidente da entidade e prefeito de Mafra; Jean Carlo Medeiros de Souza, presidente do Codeplan e prefeito de Monte Castelo; Helio Daniel Costa, secretário executivo da Amplanorte, e os prefeitos de Papanduva e Itaiópolis, Jefferson Chupel e Myczkowski Mozart.
Os representantes discutiram com a assessoria parlamentar e a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) o andamento das obras da BR-116 e outras demandas para a região.
Durante a mobilização, a CNM apresentou um estudo abrangente que revelou que a maior parte dos pequenos municípios gasta 91% de sua arrecadação para custear pessoal e operações da administração pública. Com isso, mais de 51% das cidades se encontram com as contas negativadas. O estudo analisou ainda as consequências das medidas que impactaram negativamente os municípios no primeiro semestre de 2023.
O presidente da CNM, Paulo Ziulkoski afirmou que a CNM está atuando para mitigar os problemas enfrentados pelas administrações municipais com o pagamento de emendas parlamentares em atraso. As emendas de custeio no primeiro semestre de 2023 foram reduzidas em quase 73% em relação a 2022, e o presidente da CNM destacou os esforços da entidade em estender os termos da reforma previdenciária realizada pela União aos entes locais.
Em relação à Reforma Tributária, Ziulkoski explicou de forma resumida a atuação da entidade nos últimos anos para que o texto seja o mais benéfico aos municípios. Ele também ressaltou a importância de continuar cobrando os representantes no Congresso para que sejam consideradas as demandas municipais.