Cerca de 250 pessoas prestigiaram, a abertura do VIII Fórum Catarinense de Gestores Municipais de Cultura, nesta quarta-feira (09), em Bombinhas. O evento reúne prefeitos, vice-prefeitos, vereadores, secretários municipais, dirigentes da área cultural e servidores da administração pública envolvidos com a gestão cultural. O objetivo é proporcionar a integração das regiões catarinenses e promover o debate das políticas públicas do setor, com a ampliação do diálogo entre o Ministério da Cultura – MinC, as prefeituras e o Governo do Estado.
Na solenidade de abertura, a prefeita de São Cristóvão do Sul, 1ª vice-presidente da Federação Catarinense de Municípios, Sisi Blind, ressaltou a vontade dos gestores municipais de Santa Catarina. “Temos aqui as pessoas que vivem a cultura, que estão construindo essa história. Se 217 municípios no estado já aderiram ao Sistema Nacional de Cultura é porque aqui tem desejo”, colocou. A presidente da comissão de cultura e educação da Assembleia Legislativa de Santa Catarina – Alesc, deputada estadual Luciane Carminatti também exaltou a importância da política da cultura. “A Cultura precisa começar a ter espaço de discussão e de visibilidade. Precisamos tratar isto com muita qualidade”. Mesma opinião do vice-prefeito de Porto Belo, Elias Cabral, que representou a Associação dos Municípios da Foz do Rio Itajaí, AMFRI, “todas as áreas são importantes, mas não se faz um município, um estado, uma nação sem cultura”.
A promoção do Fórum é da FECAM, do Conselho dos Gestores Municipais de Cultura de Santa Catarina – CONGESC e da prefeitura de Bombinhas, com apoio da AMFRI e das demais Associações de Municípios de Santa Catarina.
Cultura, Planejamento e Gestão
A professora doutora, Yolanda Flores e Silva, abriu o Fórum falando sobre a importância da cultura na gestão pública e na vida das pessoas. A análise da palestrante reforça que a cultura não se baseia apenas no foco patrimonial. “Não, a cultura envolve pessoas e ela está em todos os segmentos da sociedade, a cultura está em tudo”, comenta ela pontuando de que não se deve ter uma ideia de que outras áreas, como a saúde ou a educação, estão fora da cultura.
Essa complexidade e abrangência mostra o quanto é preciso planejar a política de cultura na gestão municipal, esse foi o assunto da segunda palestra do dia, proferida pelo professor Jorge Brau Neto. “A gestão da cultura na administração pública é um desafio que envolve planejar, organizar, inteirar e controlar de forma adequada, eficaz e efetiva e os recursos públicos e a coisa pública como um todo”, explicou.
Ao final do dia foi lançado o Circuito Estadual de Cinema Infantil. Houve a distribuição do kit contendo um DVD e cartazes do Circuito e com este material em mãos, os gestores culturais poderão realizar sessões de cinema nas suas cidades.
Experiências Municipais
Houve um momento para a troca de experiências na área cultural. Municípios do estado apresentaram como foi para cada um a implementação do Sistema Nacional de Cultura.
A secretaria municipal de cultura de Chapecó, primeira do estado, representada pelo seu secretário, Nemésio Carlos da Silva, explicou que o sistema de cultura no município começou a ser montado antes da exigência da Lei. “É preciso que provoquemos para que o sistema possa expressar o conjunto de direitos e responsabilidades. Precisamos discutir o papel de cada um dos entes que fazem parte desse sistema”, disse ele.
A diretora de Cultura, Daiane Frigo, falou do papel do gestor no fomento à alfabetização cultural da sua comunidade. “O papel do gestor é democratizar e fortalecer a cultura no município, não apenas contar para estatística como um numero”, ressaltou.
Foram apresentados ainda as experiências de Navegantes, Criciúma e do Estado.
Fonte: Assessoria de Comunicação FECAM
