Na próxima sexta-feira, dia 9 de dezembro, Santa Catarina estará mobilizada em atividades alusivas ao Dia de Combate ao Mosquito Aedes aegypti, reproduzindo as ações integradas e simultâneas realizadas em diversas cidades brasileiras no último dia 2. No estado, a ação foi transferida para o dia 9 em respeito às vítimas da tragédia ocorrida com o avião que conduzia a delegação da Chapecoense, profissionais da imprensa e dirigentes esportivos para a final da Copa Sul-Americana em Medellín, na Colômbia.
Sexta sem Mosquito
Seguindo a campanha lançada pelo Ministério da Saúde, os municípios de Santa Catarina estarão mobilizados em mutirões de vistoria em órgãos públicos e estatais, unidades de saúde, escolas, residências, canteiros de obras e outros locais. A proposta é que, a partir do Dia de Mobilização, todas as sextas-feiras sejam dedicadas para verificação e eliminação de possíveis focos, incentivando todos os segmentos da sociedade a fazer a sua parte.
Saúde
A Secretaria de Estado da Saúde vem intensificando as ações de combate ao mosquito Aedes aegypti em Santa Catarina desde o final de outubro, considerando que o período entre os meses de novembro e março é considerado o de maior risco para transmissão da dengue, da febre de chikungunya e da febre do zika vírus. A partir da realização do Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti – LIRAa – nos 50 municípios considerados infestados pelo mosquito e nas 22 cidades sob risco de infestação, a Diretoria de Vigilância Epidemiológica da SES/SC apresentará a realidade atual em relação aos principais depósitos encontrados no ambiente, potenciais criadouros do mosquito e o número de focos identificados durante as vistorias. Assim, será possível verificar as principais necessidades dos municípios.
Em 2016, foram investidos 2,3 milhões no Programa de Controle da Dengue em Santa Catarina, considerando a aquisição de quatro caminhonetes, quatro máquinas para aplicação de UBV pesado, nove carros, 20 bombas costais, 15 microscópios e EPIs; a contratação de 20 técnicos para a força tarefa de aplicação de inseticida e de 11 biólogos; 1.775 supervisões e assessorias; capacitações de 300 ACEs e nas reformas dos laboratórios de Entomologia, em Florianópolis e nos de Araranguá. Um novo laboratório começará a ser construído em Canoinhas, ampliando para 15 o número de laboratórios estaduais que fazem identificação de larvas de Aedes aegypti. Além disso, foram repassados mais 1,7 milhões do governo federal para os 295 municípios e mais 3,7 milhões do governo estadual para 66 municípios infestados ou em situação de risco, para fortalecimento das ações de prevenção ao mosquito.
Educação
A Secretaria de Estado da Educação está orientando as escolas para a manutenção da vigilância dos prédios durante o período de férias, para verificação e eliminação de potenciais criadouros de mosquito. Outra ação foi o lançamento da primeira edição do concurso Escola Promotor de Saúde, sob o tema “Todos contra o Aedes aegypti”. Esta é uma iniciativa conjunta das secretarias de Estado da Educação e da Saúde com o objetivo de promover a reflexão e a construção de conhecimentos acerca da prevenção e do combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, da febre de chikungunya e da febre do zika vírus, articulando a temática da educação ambiental e da saúde. O concurso mobiliza toda a comunidade escolar, com premiações para escolas e estudantes.
Forças Armadas
O Ministério da Defesa, por determinação do Governo Federal, foi incorporado ao esforço de combate ao mosquito Aedes aegypti. O trabalho das Forças Armadas irá ocorrer em três vertentes: mutirão em organizações militares, conscientização em unidades de ensino e atuação direta no combate ao foco do mosquito transmissor da dengue, da chinkungunya e do zika vírus. O trabalho das Forças Armadas ocorrerá, ainda, com a mobilização de seis mil homens e mulheres das Forças, média mensal, que serão empregados a partir das demandas da Sala Nacional de Coordenação e Controle ao Aedes aegypti. Esse contingente atuará em cerca de 200 municípios, incluindo todas as capitais e as cidades e entornos considerados endêmicos pelo Ministério da Saúde. A capacitação dos militares para atuar no combate ao transmissor da dengue, da chinkungunya e do zika vírus é realizada pelas secretarias municipais de saúde. O uso de efetivo das Forças Armadas no enfrentamento ao mosquito é articulado a partir do pedido de apoio de estados, municípios e Ministério da Saúde.
Nery Nader Jr.