A tarde do dia 20 de outubro reviveu momentos históricos envolvendo as cidades irmãs de Rio Negro e Mafra. No coreto da Praça Hercílio Luz, solenidade realizada por iniciativa do Lions Clube “Mafra Perola do Planalto” com apoio de entidades e personalidades riomafrenses marcou o centenário de três importantes eventos para a região: 100 anos do acordo das Terras do Contestado, 100 anos do Lions Clube Internacional e o início das comemorações dos 100 anos de Mafra.
Três momentos marcaram as festividades, sendo: abertura cívica do Centenário das Terras Contestadas, na Praça Hercílio Luz; exibição do documentário “Guerra do Contestado: 100 anos de memórias e narrativas”, de autoria da Fundação Catarinense de Cultura e uma exposição na Universidade do Contestado. Também aconteceram ações paralelas iniciando pela manhã, com o plantio de 100 árvores na Escola Agrícola Prefeito Jose Schultz Filho, com exposição de cartazes da paz entre Santa Catarina e Paraná. Foi ainda proferida palestra sobre o tema, envolvendo alunos das redes publica e privada, além de difusão de resenha de curiosidades das Terras Contestadas, através das emissoras de rádio da Fundação João XXIII.
Constituição de Mafra
A abertura oficial das comemorações foi feita pela presidente do Lions Clube “Mafra Pérola do Planalto”, Maria Celina Schimansky. Na seqüencia, o Professor Sandro Moreira fez relatos da importância da data que marcou o fim ao litígio das Terras Contestadas entre Paraná e Santa Catarina. Segundo ele, o maior resultado do Contestado é o município de Mafra. “Contestado não é só uma questão de litígio ou de guerras. Ele resultou na constituição política oficial de Mafra”, declarou.
OSecretário Executivo da Agência de Desenvolvimento Regional – Mafra, Abel Schroeder, na solenidade representando o Governador Raimundo Colombo, parabenizou o Lions Clube Internacional pelo centenário e questionou o que seria Santa Catarina se não tivesse Mafra – junto aos demais municípios de Santa Catarina – e o vizinho estado do Paraná como parceiro. Sobre a data que marcou o fim das disputas entre os dois estados, destacou que apesar de Rio Negro e Mafra estarem separadas física e politicamente, as cidades estão unidas fraterna e economicamente.
Paz e harmonia
O Prefeito de Mafra, Wellington Bielecki ao parabenizar a todos os envolvidos pelo festejo, lembrou os historiadores que enfrentam tantas adversidades para fazerem o resgate da história. Afirmou que poucos sabem da importância da data em questão. “O dia 20 de outubro marca a Paz, com o fim do litígio das terras contestadas. Mostrou que a paz e a harmonia reinaram entre os dois municípios”, declarou.
Wellington reafirmou que 100 anos depois do fato histórico esses sentimentos de paz e harmonia voltam com muita força e pediu: “que todas as forças divinas nos ajudem a seguir o rumo do desenvolvimento econômico e social para voltarmos a ser a Pérola do Planalto e não tenho dúvida de que isso vai acontecer”, concluiu.
O Prefeito em exercício de Rio Negro, James Karson Valério falou do centenário de história de conquistas e de avanços. Disse que o município se sente lisonjeado porque Mafra nasceu de Rio Negro. “Mafra é como uma filha querida unida pelos laços afetuosos. Quando Mafra vai bem, Rio Negro também vai bem. Se algum dia houve algum litígio, hoje só existe honra e dignidade entre as duas cidades”. Valério propôs um cumprimento entre o Lions de Mafra e os prefeitos de Mafra e Rio Negro, externando a simpatia, a cordialidade e o progresso entre os dois municípios.
Após a solenidade houve a inauguração do marco dos 100 anos do acordo das Terras Contestadas.
Christian Rentz – Assessor Especial de Comunicação/PMM
Joyce Silva – Jornalista AEC/PMM
Fátima Strapasson – Jornalista AEC/PMM