As Associações de Municípios do Planalto Norte Catarinense – AMPLANORTE, Região do Contestado – AMURC e Região Serrana – AMURES e a Autopista Planalto Sul participaram da reunião da Câmara para Assuntos de Transportes e Logística da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) no último dia 6, em Florianópolis.
Durante o encontro a Concessionária que administra a BR 116 apresentou estudo de viabilidade de duplicação da rodovia no trecho catarinense, pegando parte do Paraná. O estudo abordou números de acidentes frontais e transversais, feridos, mortos, gastos, pontos críticos da rodovia, entre outros fatores. Segundo o estudo, 54% do número de mortos em acidentes no trecho de Santa Catarina poderia ser reduzido com a duplicação. Além disso, historicamente, a duplicação atua como agente de desenvolvimento regional para as cidades que a margeiam.
Pelo estudo, 270 quilômetros têm viabilidade para duplicação, com custo aproximado de R$ 3 bilhões. Os trabalhos devem ser concluídos em sete anos.
O presidente da Câmara e primeiro vice-presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar destacou a importância de melhorar a segurança da rodovia.
Os participantes enfatizaram que está na hora de a rodovia retomar seu potencial e operar de forma a oferecer mais segurança e conforto aos usuários.
O diretor-superintendente da Autopista Planalto Sul, Antonio Cesar Sass ressaltou que a BR 116 deve assumir sua posição estratégica de ligação com os países do Mercosul operando com todo seu potencial.
Histórico:
Os prefeitos das Associações, que anseiam por desenvolvimento, pela segurança dos motoristas e pedestres, pela urbanização e mobilidade urbana iniciaram, há cerca de quatro anos, uma união para pedir mais atenção com a rodovia nos perímetros urbanos. A partir daí viu-se que estas obras poderiam ser incorporadas em uma duplicação.
Foi protocolado um pedido na ANTT para incluir novas obras no pacote de concessão. Por causa desse movimento a ANTT instituiu o grupo Paritário de Trabalho – GPT, formado pelas Associações e entidades representativas do transporte, CREA, sociedade civil, empresários, entre outros.
Foram realizadas diversas reuniões, com discussão das obras, valores, como buscar aporte, o que seria melhor para cada município e também para o desenvolvimento regional. Percebeu-se que as obras emergenciais poderiam ser sobrepostas se houvesse uma duplicação e os prefeitos começaram, então, a lutar pela duplicação.
Houve Audiência Pública, em Lages, com a presença de deputados e ANTT, com apresentação de estudo de necessidade de duplicação.
A ANTT autorizou em janeiro de 2015 o estudo de viabilidade de 385 Km, de Mandirituba (PR) até a divisa de Santa Catarina com o Rio Grande do Sul.
Em junho o Governo Federal anunciou um novo plano para acelerar investimentos em infraestrutura, o qual contemplou 2,5 bilhões de reais para a duplicação da BR 116, trecho concessionado pela Autopista Planalto Sul.
Em julho a concessionária apresentou o estudo de viabilidade para 270,1 Km.
Em dezembro a Autopista apresentou à ANTT a necessidade de duplicação de, ao menos, 95Km nos trechos prioritários definidos pelas Associações. Agora a concessionária aguarda autorização para o desenvolvimento dos projetos da duplicação.
Adriana Bonin
Jornalista MTB 2644 SC
Assessora de Comunicação AMPLANORTE