O prefeito de Canoinhas, Beto Faria, que também é presidente da Agencia Reguladora Intermunicipal de Saneamento (Aris), participou do Fórum Estadual de Preservação de Água, evento realizado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDS) alusivo ao Dia Internacional da Água, celebrado em 22 de março. O fórum aconteceu no Plenarinho Deputado Paulo Stuart Wright, em Florianópolis, na última quinta-feira,19.
Promovido pela SDS, em parceria com a Comissão de Turismo e Meio Ambiente da Alesc, o Fórum debate políticas e gestão de recursos hídricos no Brasil, com ênfase em Santa Catarina. Conta com a participação de técnicos do setor, representantes dos comitês de bacias hidrográficas, estudantes e profissionais da área.
“Temos a água como pauta preferencial nas políticas públicas e estamos articulando ações junto às nossas vinculadas, como Fatma e Agesan”, disse o secretário de Desenvolvimento Econômico Sustentável, Carlos Chiodini, na abertura do evento. Segundo o secretário Chiodini, a meta do Governo catarinense é fortalecer os comitês de bacias hidrográficas existentes, dar personalidade jurídica a todos os comitês, criar uma rede e investir em tecnologia para o monitoramento de eventos climáticos.
O prefeito de Canoinhas e presidente da Aris, Beto Faria, também falou sobre a importância da preservação de recursos hídricos. “Cabe a nós gestores buscar soluções viáveis para enfrentar os desafios que se impõem na conservação da água. A promoção de ações educativas, como campanhas de conscientização e debates sobre o tema, é um dos caminhos para evitar danos maiores ao meio ambiente. Os recursos hídricos estão escassos, precisamos preservar”, disse Faria.
A Gestão de Recursos Hídricos no Brasil foi o tema da primeira palestra do Fórum, proferida pelo coordenador da Superintendência de Apoio ao Sistema Nacional de Recursos Hídricos/ANA, Osman Fernandes da Silva. Ele explicou que a gestão das águas no Brasil é composta por 28 sistemas de gerenciamento. Todos os Estados brasileiros contam com órgãos gestores e conselhos estaduais de recursos hídricos. No total, 207 comitês de bacias hidrográficas já foram instituídos no país, o maior número no mundo. Silva avalia que é preciso fortalecer o órgão estadual de gestão de recursos hídricos para dar as respostas efetivas das quais a sociedade precisa. “O principal desafio da implementação da gestão hídrica consiste em fazer com que as políticas públicas setoriais enxerguem umas às outras, compondo uma visão integrada de planejamento, em uma estratégia coordenada pelo Governo”.
Citando o Mapa de Recursos Hídricos elaborado pela ANA em 2010, o palestrante afirmou que o abastecimento de água em Santa Catarina precisará de investimentos da ordem de R$ 600 milhões nos próximos anos. Entre as áreas críticas, destacou a região metropolitana de Florianópolis, que demandará em torno de R$ 100 milhões para garantir o abastecimento futuro. A situação é comum em outras regiões metropolitanas do país. “O recurso hídrico no Brasil está mais disponível onde tem menos gente”, observou. De acordo com ele, regiões metropolitanas do Rio de Janeiro e de São Paulo têm menos água por habitante do que o semiárido brasileiro e só conseguem garantir o abastecimento porque importam água através de adutoras.
Silva complementou que, excetuando a região Nordeste, no restante do país não existe cultura de reserva de água para abastecimento humano. O país tem grandes reservatórios de água para geração de energia, não para o consumo da população.
Com informações da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDS)
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Assessoria de Comunicação
Prefeitura de Canoinhas / Santa Catarina