You are currently viewing Associações defendem unificação das eleições no país

Associações defendem unificação das eleições no país

  • Post author:
  • Post category:Sem categoria

 

 

 

 

 

 

 

Iniciativa  da Amurc (Associação dos Municípios da Região do Contestado) foi encampada  pelas  Associações de municípios do planalto serrano. Posicionamento político  emitido pela  Amurc (Curitibanos), Amplanorte (Mafra), Amures (Lages),  Ammoc (Joaçaba) e  Amplasc (Campos Novos) defende unificação das  eleições no país e extensão do atual mandato dos prefeitos e  vereadores até 2018,  quando devem acontecer  eleições em todos os níveis.

 

O documento das  associações é uma forma de envolver os municípios e lideranças políticas na discussão da  reforma política que começa a  tomar  corpo no Congresso Nacional.   As reforma político-partidária que será  discutida  nas  próximas  semanas poderá alterar significativamente a vida política brasileira: a coincidência de mandatos com eleições gerais a cada cinco ou seis anos, e não mais eleições alternadas a cada dois anos, como ocorre atualmente. Há muitos temas  em jogo, dentre  os quais, a reeleição, voto facultativo, formas de financiamento de campanhas, proibição de financiamento empresarial, teto de uso de recursos financeiros, fidelidade, coligações eleitorais. São temas que expressam a pluralidade  da  sociedade brasileira e exigirão  grande acordo político em prol do Brasil.

 

“A  grande questão é que a sociedade  precisa  discutir. Precisamos, de uma vez por  todas,   parar e fazer o debate da reforma política, ouvir  clamores populares, acertar pontos  comuns e aproximar as diferenças em acordos democráticos.  Penso que não há mais clima para  eleições a cada  dois anos no Brasil. Tudo para por causa de  eleições. Não se governa com tranqüilidade, ninguém mais agüenta o custo  de campanhas,  o tempo gasto com  eleições a cada  dois anos. Precisamos enfrentar esta situação e é por isso que estamos colocando nossas  posições e defendendo que  as eleições sejam unificadas imediatamente. Para isso, por uma vez, é preciso estender o tempo do mandato dos  prefeitos e vereadores”, destaca  Sisi Blind, Presidenta da Amurc.

 

O Prefeito de  Santa Cecilia, Domingos  Scariot Jr, um dos   autores da  proposição destaca que “além da economia de recursos com eleições (uma eleição a menos a cada quatro ou cinco  anos), o mais importante é que o país ganhará em agilidade administrativa. O  Legislativo  e o Executivo funcionarão sem as interrupções e restrições impostas pelo próprio sistema político e pela legislação eleitoral. Tudo deixa de  funcionar  por pelo menos  6 meses a cada dois anos, impedindo a tomada de decisões administrativas. A administração moderna  não suporta mais isso”.

 

O documento anota  ainda a  preocupação com a   possibilidade do fim da reeleição. Para as  associações, cabe o debate  representativo da  sociedade indicar  ao Congresso Nacional o caminho razoável para as modificações na legislação que deverá  enfrentar também o tema do financiamento das  campanha e a  desincompatibilização de   candidatos.

 

Paulo Ziulkoski, Presidente da  Confederação Nacional dos Municípios (CNM) comemorou, recentemente,  uma pesquisa  da  entidade que demonstra  o apoio dos prefeitos à limitação da reeleição: ” Precisamos terminar com o profissionalismo na política. A reeleição de vereadores, deputados estaduais e federais deve ter um limite.  Os novos prefeitos começam (o mandato) pensando em reeleição. Se não houver reeleição, mas o mandato for de seis anos, terão um tempo maior para se planejar e não vão ficar pensando em reeleição. Vão ter mais transparência e não ficarão vulneráveis aos partidos”, argumentou.

 

A posição política  da  Amurc, Amplanorte, Amures,  Ammoc e Amplasc  será objeto de  debate  durante o XIII Congresso Catarinense de Municípios promovido pela FECAM e que acontecerá  de  18 a  20 de Março em Florianópolis.

 

 

ENTENDA MAIS SOBRE A TRAMITAÇÃO DA  REFORMA  POLÍTICA

 

PEC 352/13

A Câmara analisa a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 352/13, que acaba com a reeleição do presidente da República, dos governadores e prefeitos; põe fim ao voto obrigatório, que se torna facultativo; e muda as regras das coligações eleitorais para a eleição de deputados federais, exigindo que elas respeitem, em todos os estados e no Distrito Federal, as federações partidárias formadas, em nível nacional, para compor bloco parlamentar na Câmara dos Deputados.

PLS 268/2011 (Projeto de Lei do Senado Federal)

Institui o financiamento público exclusivo das campanhas eleitorais. Considerado um dos pontos principais e polêmicos da reforma política, ele tramita em conjunto com o PLS 373/2008, que trata de doações a campanhas feitas por meio de cartões de pagamento, de débito e de crédito. O primeiro foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e o segundo foi considerado prejudicado.

PEC 73/2011 e a PEC 48/2012

Estas exigem a desincompatibilização de presidente, governador e prefeito que queiram se reeleger. A PEC 73/2011 determina que o candidato à reeleição deve renunciar ao mandato até seis meses antes do pleito. A PEC 48/2012 exige a licença a partir do primeiro dia útil após a homologação da candidatura, de acordo com emenda aprovada na CCJ. Hoje, são obrigados a deixar os cargos antes do pleito ministros de estado, secretários de estado, chefes de órgãos de assessoramento direto, civil e militar da Presidência da República; magistrados; e presidentes, diretores e superintendentes de autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações públicas e as mantidas pelo Poder Público que pretendam entrar na disputa eleitoral.


PEC 40/2011

Esta proposta de emenda constitucional  permite coligações partidárias somente em eleições majoritárias – presidente, governador, senador e prefeito é outra que aguarda entrar na ordem do dia. Pela proposta, elas ficam proibidas nas disputas para os cargos de deputados federal e estadual e vereador.

OUTRAS PROPOSIÇÕES
Existem ainda  outros projetos aptos  à  votação que tratam de voto facultativo (PEC 55/2012), proibição de doações de pessoas jurídicas a campanhas eleitorais (PLS 60/2012), aumento do percentual de vagas para mulheres nas eleições proporcionais (PLS 295/2011), mudança da data da posse e duração do mandato de governadores, prefeitos e presidente da República (PEC 38/2011), divulgação na Internet de relatórios periódicos sobre recursos da campanha eleitoral (PLS 601/2011) e mudança de critérios para criação de partidos políticos (PEC 58/2013).

 

UNIFICAÇÃO DO TEMPO DOS MANDATOS EXECUTIVOS E LEGISLATIVOS

E OUTRAS LUTAS POLITICAS

 

 

“A Nação deve mudar. A Nação vai mudar. A Constituição pretende ser a voz, a letra, a vontade política da sociedade rumo à mudança. (…) Mudar para vencer! Muda, Brasil!”Ulisses Guimarães, discurso de promulgação da  Constituinte, 1988.

 

 

A Constituição Brasileira nasceu há 27 anos  e, neste tempo, fortaleceu a democracia brasileira. Avanços institucionais  e  conquistas de ordem econômica e política  solidificaram a sociedade brasileira.  As  instituições  e  a sociedade civil amadureceram. Importantes  conquistas foram implantadas na área da  saúde, educação e direitos sociais, gerando caminhos  de igualdade e justiça. A prosperidade promoveu a esperança,  a participação e  a  inclusão social. No entanto, deste trinômio, emergem novas demandas  de ordem econômica, social e política que precisam ser enfrentadas pela agenda política nacional, com urgência e determinação. 

 

Os entes políticos federativos,  as forças  municipalistas,  as lideranças políticas executivas e legislativas devem somar-se  à vigorosa força da sociedade civil brasileira  na  formulação de propostas e  soluções para os temas nacionais estratégicos latentes, dentre os quais encontram-se a  reforma   política e a  reforma tributária, expressões maiores do  Pacto Federativo que abarca temas  de grande  repercussão nacional frente   aos  quais  as   associações de municípios do planalto serrano, Amurc (curitibanos), Amplanorte (Mafra), Amures (Lages), Ammoc (Joaçaba) e Amplasc (Campos Novos), representando 51 municípios catarinenses, tomam as seguintes posições de  responsabilidade e   contribuição sobre esta agenda democrática:

 

a) A Reforma Política é uma demanda a ser enfrentada imediatamente e deverá traduzir  a vontade popular por mudanças profundas na cultura e modelo político vigentes. Essas  mudanças devem produzir e representar o desejo popular e os mecanismos da  democracia representativa e participativa. A democracia é fruto da vontade política, logo, da ampla participação da sociedade. A democracia emerge da ampla possibilidade de participação nos debates, condição que legitimará a  vontade majoritária da sociedade.

 

b) A Reforma Política está convocada a  enfrentar temas centrais:  coincidência das eleições, unificação dos mandatos, duração dos  mandatos, reeleição, voto facultativo, formas de financiamento de campanhas, proibição de financiamento empresarial, teto de uso de recursos financeiros, uso dos meios de  comunicação, fidelidade, coligações eleitorais, paridade de gênero, eleições proporcionais em dois  turnos, metodologia eleitoral (voto em lista, voto distrital ou manutenção do atual modelo), plebiscito ou referendum na aprovação das novas teses. Todos estes  temas, exprimem a pluralidade  da  sociedade brasileira, e, em certa medida, assinalam contradição de projetos políticos, razão pela qual  exigirão  grande acordo político em prol do Brasil. 

 

c) As reformas  pleiteadas devem ser amplamente debatidas pela sociedade, com participação das lideranças municipalistas, prefeitos,  vereadores e sociedade em geral. Não deve  haver  pressa neste  debate e todo personalismo deve ser afastado. Toda reforma estruturante exige amplo debate mediado pela  ampla participação! Os signatários do presente documento posicionam-se, desde  logo, pela ampla participação dos entes municipais nas discussões sobre  as necessárias  reformas estruturantes que  precisamos  enfrentar, como sociedade, nos próximos  meses.  

 

d) A unificação dos mandatos para 2018, na esfera municipal, estadual e federal deve ser  implantada. A extensão dos atuais  mandatos de  prefeitos e  vereadores promoverá  uma razoabilidade política há muito exigida no Brasil: economia significativa de recursos, estabilização de mandatos, segurança dos períodos administrativos e economia de esforços em períodos eleitorais. Extinguir  eleições nacionais a cada  dois anos é  indispensável! O Brasil não pode mais parar a cada  dois anos por conta de embates eleitorais que atrofiam a  dinâmica econômica e o ritmo administrativo.

 

e) O debate nacional precisará  posicionar-se sobre o tempo de  duração dos mandatos e a  possibilidade  ou  não de  reeleição dos mandatos  executivos. Caberá à sociedade  organizada promover uma posição majoritária e  razoável sobre este debate assegurando razoabilidade e segurança para  a boa  execução de mandatos  públicos que assegurem períodos de gestão  com  tempo hábil para a boa  planificação e execução de  projetos em favor da sociedade, seja de 5 ou 6 anos sem mais reeleição.

 

f) A responsabilidade  da   democracia brasileira  frente ao tema do  financiamento das campanhas  eleitorais deverá ser enfrentado   como demanda ética. Os  contornos ditados pela vontade popular  – e que serão  expressos  na nova  formatação legal em construção  – dirão sobre a nossa capacidade de perceber  as novas  perspectivas da  sociedade. É imperativo  implantar novos limites e  conceitos. Será exclusivo de nossa  qualidade política promover a política  como uma  dimensão da  ação de indivíduos soberanos e independentes de interferências na construção de nossa democracia. Que a reforma política promova a soberania e enalteça a  democracia!

 

g) No que tange aos demais  temas do Pacto Federativo, os  signatários entendem que  uma vez  superados  os desafios  exigidos pela reforma político-partidária, em continuidade será chegado o momento de  um grande debate nacional para a realização da  Reforma Tributária. A continuada crise financeira nos municípios brasileiros   em face das gritantes deficiências geradas pelo  sistema  de distribuição de receitas  fixado no atual  pacto federativo que afeta cerca de 5 mil municípios brasileiros e a grande maioria dos municípios catarinenses;  o fato de que os municípios brasileiros  vivem uma situação orçamentária  caracterizada  pelo continuado e crescente estrangulamento financeiro;  o crescente aumento de  atribuições e responsabilidades  dos municípios;  a crescente perda de recursos financeiros, as conseqüências das desonerações tributárias e as deficiências na  legislação federal e estadual que  imputam desequilíbrio na distribuição de receitas e recursos públicos; propõe-se a implantação de luta continuada do municipalismo catarinense  em todos os níveis políticos, visando assegurar  avanços na discussão da  Reforma Tributária Nacional e Estadual visando novo equilíbrio entre entes e municípios, visando a justiça tributária.  Esta tarefa é estratégica, inclusive, à atuação da  Federação Catarinense  dos Municípios, FECAM.

 

Democracia, em sua essência,  é a participação soberana da sociedade na  construção do poder e  do rumo da  nação.  Esta participação se mede  pela qualidade da vontade popular que  dita   os  rumos do país,  escreve a  qualidade dos  valores  republicanos  e a  essência conceitual sobre  as  reformas  orgânicas exigidas pela dinâmica dos tempos que vivemos.

 

A Nação deve mudar. A Nação vai mudar. Nós vamos contribuir nesta mudança. Nós vamos construir  o caminho das  reformas!

 

Curitibanos, SC,  23 de Fevereiro de 2015.

 

 

 

Prefeita Sisi Blind –  Presidenta da AMURC

Associação dos Municípios da Região do Contestado

 

 

 

Prefeito Gilberto Damaso da Silveira  –  Presidente da AMPLANORTE

Associação dos Municípios do Planalto Norte Catarinense

 

 

 

Prefeito Vânio Fortster  –  Presidente da AMURES

Associação dos Municípios da  Região Serrana

 

 

 

Prefeito Moises Diersmann  –  Presidente da AMMOC

                                      Associação dos Municípios da  Região  do Meio Oeste Catarinense

 

 

 

Prefeito Lucimar Antonio Salmória  –  Presidente da AMPLASC

                                Associação dos Municípios da  Região  do Planalto Sul de Santa Catarina

 


RELAÇÃO DE 51 PREFEITOS SIGNATÁRIOS

 

José Antonio Guidi    –  Prefeito de Curitibanos

Sisi Blind   –  Prefeita de São Cristóvão do Sul

Domingos Scariot Junior   –  Prefeito de Santa Cecília

Osny Batista Alberton   –  Prefeito de Frei Rogério

Silvio Granemann Calomeno   –  Prefeito de Ponte Alta do Norte

Lucimar Antonio Salmória   –  Prefeito de Abdon Battista

Nelson Cruz   –  Prefeito de Campos Novos

Ademil da Rosa   –  Prefeito de Brunópolis

Marcos Siqueira   –  Prefeito de Monte Carlo

Inês Schons   –  Prefeita de Celso Ramos

Nelson  Gasparin Jr   –  Prefeito de Vargem

Paulo José Franceski   –  Prefeito de Zortea

Novelli Sganzerla   –  Prefeito de Água Doce

Andevir Isganzella   –  Prefeito de Capinzal

Gisa Aparecida Giacomin     –    Prefeita de Catanduvas

Walter Kucher Junior   –  Prefeito de Erval Velho

Nelson Guindani   –   Prefeito de Herval  D’Oeste

Ari Ferrari   –  Prefeito de Ibicaré

Rafael Laske   –  Prefeito de Joaçaba

Hilário Chiamolera   –  Prefeito de Lacerdópolis

Moises Diersmann   –  Prefeito de Luzerna

Vitor João Faccin   –  Prefeito de Ouro

Euclides Cruz   –  Prefeito de Tangará

Mauro Dresch   –  Prefeito de Treze Tílias

Melania Apª Roman Meneghini   –   Prefeita de Vargem Bonita

Gilberto Damaso da Silveira   –   Prefeito de Bela Vista do Toldo

Luiz Alberto Rincoski Faria   –   Prefeito de Canoinhas

Juliano Pozzi Pereira  –  Prefeito de Irineópolis

Roberto Agenor Scholze  –  Prefeito de Mafra

Aldomir Roskamp  –  Prefeito de Monte Castelo

Dario Schicovski  –  Prefeito de Papanduva

Anízio de Souza  –  Prefeito de Porto União

Eloi José Quege  –  Prefeito de Três Barras

Ivonir Fernandes da Silva  –  Prefeito de Anita Garibaldi

Luiz  Carlos Schmuler  –  Prefeito de Bocaina do Sul

Edelvanio Nunes Topanoti  –  Prefeito de  Bom Jardim da Serra

Albino Gonçalves Padilha  –  Prefeito de Bom Retiro

Edilson José de Souza  –  Prefeito de  Campo Belo do Sul

Luiz Carlos Alves de Freitas – Prefeito de Capão Alto

Sirlei Kley Varela  –  Prefeito de Cerro Negro

Vânio Forster  –  Prefeito de Correia Pinto

Antonio Arcanjo Duarte  –  Prefeito de Lages

Luiz Carlos Xavier  –  Prefeito de Otacílio Costa

Flavio Antonio Neto  –   Prefeito de Painel

José Valdori Hemkemaier  –   Prefeito de Palmeira

Carlos Luiz Morais  –  Prefeito de Ponte Alta

Ademar de Bona Sartor  –  Rio Rufino

Humberto Luiz Brighenti  –  Prefeito de São Joaquim

Arno Tadeu Marian   –  Prefeito de  São José do Cerrito

Fidelis Schappo  –  Prefeito de Urubici

Amarildo Luiz Gaio  –  Prefeito de Urupema