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Segundo
levantamento necessita-se de cerca de R$16 milhões para recuperar as estradas e
vias do município
A
Prefeitura de Mafra divulga um balanço preliminar da enchente que assolou o
município em junho de 2014. As cheias dos rios que cortam o município atingiram
cerca de 3.265 pessoas, das quais foram 703 atendidas em 14 abrigos públicos e
outras aproximadas 2.562 pessoas ficaram desalojadas buscando refugio em casas
de parentes e amigos. Dos bairros afetados os
que mais sofreram foram as Vilas Solidariedade, das Flores e Vila Argentina.
Além de várias localidades no interior do município.
Segundo o Prefeito Roberto Scholze a solidariedade da
população de Mafra, Rio Negro e das cidades vizinhas foi marcante. Ele ressalta que a comunidade (sociedade
civil e militar, instituições e empresas) atuou incansavelmente para ajudar,
seja através do voluntariado (desde o auxílio na retiradas das famílias até os
dias seguintes na alimentação), através de donativos ou do fornecimento de
veículos para auxílio nos trabalho.
Atendimento
Durante o período os desabrigados receberam alimentação,
material de higiene pessoal (sabonete, escova de dente e creme dental) tiveram
acompanhamento médico e eram visitados cotidianamente pela equipe da Secretaria
de Ação Social. Nesse ínterim a ação dos voluntários foi fundamental. “Nos
abrigos tivemos equipes da Educação e de outras secretarias, além dos
voluntários que trabalharam incansavelmente desde sábado (07) para bem atender
as famílias nesse momento difícil”, conta o Secretário de Educação, Juliano
Munhoz.
Na
área da Saúde foram organizadas unidades volantes de saúde com visitas aos
abrigos – atendendo coletivamente 718 pessoas e 159 pessoas individualmente. As
visitas foram realizadas diariamente com equipe multidisciplinar avaliando
demandas de saúde decorrentes da enchente e as situações sazonais. “Estivemos
durante todo o período de prontidão para qualquer problema e para isso, as
visitas diárias foram fundamentais”, conta a Secretária Jaqueline Previatti
Veiga. Ela explica que, além disso, houve a vacinação dos envolvidos com a
enchente e avaliação epidemiológica. “Tratamos também as doenças crônicas
erealizamos o acompanhamento tendo em vista que devido ao ocorrido vários
pacientes perderam suas medicações e receituários”.
Outra
preocupação da equipe foi quando ao risco iminente da cidade ficar isolada do
Hospital São Vicente de Paulo e do Pronto Atendimento. “Montamos um espaço de
atendimento as condições clínicas e sala de estabilização as urgências e
emergências no Núcleo Materno Infantil, totalizando 268 pacientes atendidos”.
Levantamento
De acordo com o levantamento o prejuízo total ao município
ultrapassa os R$42 milhões entre danos materiais e prejuízos econômicos privados (agricultura, pecuária,
indústria e serviços). O patrimônio da Prefeitura
também sofreu com a cheia no Centro de Serviço, Clínica de Reabilitação,
Secretaria de Agricultura, entre outros. Na agricultura e pecuária o
levantamento de perdas é danos aponta um prejuízo de mais de R$2.250 milhões
nas áreas de cobertura de inverno e pastagem, mel, produção de leite in natura,
avicultura, piscicultura, entre outros.
As empresas mafrenses
também foram prejudicas, além dos prejuízos palpáveis, estima-se que a indústria
e o comércio deixaram de faturar cerca de R$ 35 milhões – o levantamento foi
realizado através da Secretaria de Desenvolvimento Econômico em parceria com a
Associação Empresarial de Mafra. Em relação a infraestrutura segundo levantamento serão necessários cerca
de R$ 16 milhões para melhorias nas vias
e estradas do interior – os dados são do setor de Engenharia da Prefeitura de
Mafra embasados no Sistema Nacional de Pesquisa de
Custos e Índices da Construção Civil (SINAP). O valor refere-se a
recuperação de pontes, bueiros, vias e estradas.
Cadastro
A Secretaria da Criança e Ação Social pede que as famílias
que foram atingidas pela enchente deste mês compareçam ao local para a
realização do cadastro. De
acordo com dados da Secretaria Municipal de Ação Social, até o momento, já
foram mais de 500 famílias cadastradas – entre abrigados e desalojados.
O cadastro é fundamental para que se tenham dados mais exatos
do número de atingidos pelas cheias.
Vale lembrar que os itens que distribuídos são doações da comunidade,
entidades do município, estoque da Secretaria de Ação Social e os cedidos pela
Defesa Civil do Estado (colchões e kits de limpeza) – para recebê-los é
fundamental a realização do cadastro.
Joyce Silva, Priscila Fernandes e Fátima Strapasson –
jornalistas
Letícia Schmicheck – estagiária
Assessoria Especial de Comunicação
Prefeitura de Mafra (SC)