Na última quarta-feira (1), assistentes sociais e técnicos da defesa civil, além de secretários dos dez municípios que compõe a Associação dos Municípios do Planalto Norte Catarinense – AMPLANORTE e também de São Bento do Sul e Rio Negrinho participaram de uma capacitação sobre gerenciamento de abrigos.
O evento foi uma realização da entidade em parceria com a Secretaria de Estado de Defesa Civil, que trouxe também uma palestrante do Instituto Voluntários em Ação/IVA, de Florianópolis.
O Secretário Executivo da AMPLANORTE, Helio Daniel Costa disse que esta integração entre as secretarias, entidades e colaboradores das prefeituras é essencial para que, em um momento de desastre, todos possam trabalhar juntos focando na recuperação da normalidade.
Voluntariado
Ana Maria Warken do Vale Pereira, do IVA falou sobre a atuação da instituição e explicou o projeto Força Voluntária, que é apoiado pelo Fundo de Reconstrução do ICOM – Instituto Comunitário da Grande Florianópolis e executado pelo Instituto Voluntários em Ação, em parceria com a defesa civil e outras organizações e que visa mobilizar, organizar e capacitar, gratuitamente, grupos de voluntários para agir em situações de desastres em Santa Catarina. Disse que a intenção é ter um cadastro (já são mais de 63 mil cadastrados no site) e capacitar os voluntários de maneira que estes estejam prontos para serem acionados e agir, sabendo o que devem fazem, para que não se tornem mais um incômodo durante o evento de desastre.
A Secretária de Governo e Cidadania de Mafra, Angela Kwitschal complementou a discussão apontando a importância de ter um plano de contingência bem elaborado e de esclarecer a população sobre o papel da defesa civil.
Outros municípios colaboraram explanando suas experiências com a última enchente, em junho de 2014. No final Ana Maria entregou um manual, com 71 páginas, que orienta para uma atuação consciente e responsável de voluntários interessados em somar esforços nas ações da defesa civil em situação de desastre.
Defesa civil
Regina Panceri, da Secretaria do Estado de Defesa Civil falou sobre instalação e gerenciamento de abrigos. Chamou a atenção para as dificuldades e afirmou que os abrigos devem ser pensados em situação de normalidade, para que em um eventual desastre tudo ocorra da forma mais natural e ágil possível. Explicou sobre gerenciamento de abrigos e os passos desde a escolha do local, de equipe, de voluntários, planejamento de ações, triagem, relatórios, regras e critérios, entre outros assuntos, até a finalização do evento e o retorno das famílias para suas casas. Disse ser imprescindível o planejamento e a ação conjunta entre defesa civil e assistentes sociais para que as famílias atingidas sejam atendidas por pessoas já conhecidas da comunidade, o que pode facilitar o trabalho e agilizar o processo rumo à normalidade.
Por fim, explicou sobre equipes que devem ser formadas nos abrigos e sobre a divisão de responsabilidades, lembrando que cada pessoa deve saber o seu limite e pedir ajuda quando não tiver capacidade física ou psicológica para alguma tarefa. Disse que o trabalho em conjunto e a conscientização da população, em situação de normalidade, de como todos devem agir em situação de desastres pode amenizar as consequências negativas no decorrer dos acontecimentos.