Estudo feito pela área de Desenvolvimento Regional da Federação Catarinense de Municípios – FECAM aponta que em 2013 foram criados nos municípios 107.925 empregos formais. O número representa alta de 160% com relação ao ano anterior, quando foram criadas 41.425 vagas.
"Com esse resultado Santa Catarina ocupa a 5º posição no Brasil dentre os estados com maior nível de criação de empregos", destaca o economista da entidade, Alison Fiuza da Silva. Segundo ele, diante do cenário exposto, constata-se que dos 293 municípios (exceto Pescaria Brava e Balneário Rincão, sem informações em 2012), 257 criaram pelo menos um novo emprego, três municípios permaneceram com o mesmo número de empregados e 33 apresentam queda no total de vinculo de trabalhadores registrados. A administração pública – federal, estadual e municipal – aumentou seu quadro de funcionários em 13.580, entre concursados e cargos em comissão.
Os dados para o estudo da FECAM foram extraídos da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), divulgada pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
O total de vínculos empregatícios também aumentou, passando de 2.103.002 em 2012 para 2.210.927 em 2013, acréscimo de 5,13%. Os números da Rais levam em consideração todos os tipos de vínculos trabalhistas, como celetistas, servidores públicos, além de trabalhadores temporários. "A geração de empregos em Santa Catarina foi expressiva em 2013 mesmo com níveis de crescimento econômico inexpressivo para o mesmo período", avalia Fiuza.
Dentre essas atividades, a concentração de novos postos de trabalho se encontra na indústria. Esse setor foi responsável por 35,48% dos novos empregos no estado, com a abertura de 38.295 vagas. O setor de serviços (como transporte, alimentação, saúde, sistema financeira) também obteve aumento significativo de 32.797 postos de trabalho, o que representa 30,39% do total de empregos criados.
Os demais segmentos econômicos também contribuíram para a criação dos postos de trabalho, no entanto, de forma menos acentuada. O setor de comércio criou 16.437 empregos. A construção civil e o setor agropecuário obtiveram pequenos aumentos de 5.225 e 1.591 empregos respectivamente.
Ainda de acordo com os dados oficiais, os rendimentos médios dos trabalhadores formais para os municípios registrou aumento real de 5,91% no ano passado (tendo por base o Índice Nacional de Preço ao Consumidor Amplo – IPCA) ao atingirem R$ 1.864,70. Em 2012, o rendimento médio foi de R$ 1.704,40.
"O cenário geral do mercado de trabalho para os municípios catarinenses caracteriza uma modificação estrutural na contratação de trabalhadores. A princípio percebe-se que o nível de criação de postos de trabalho deve-se ao aumento de investimentos e da demanda interna, o que resulta no aumento de número de empregos permanentes na economia". Conclui o economista da FECAM.
O coordenador da área de Desenvolvimento Regional da entidade, Emerson Souto, ressalta que os dados dos municípios estão disponibilizados no Sistema de Indicadores de Desenvolvimento Municipal Sustentável – SIDMS. Trata-se de uma ferramenta criada pela FECAM que objetiva centralizar as informações espalhadas pelas bases de dados dos órgãos públicos federais e estaduais, além das pesquisas da própria FECAM tratando e consolidando os conteúdos mais estratégicos para os municípios.
Jornalista Sandra Domit – MTB 6290
Assessora de Comunicação
Federação Catarinense de Municípios – FECAM