A Secretaria Regional de Canoinhas por intermédio da sua Gerência Regional de Saúde reuniu na tarde de terça-feira (04) no auditório da Universidade do Contestado – UnC, todos os secretários municipais de Saúde e de Educação, bem como diretores de hospitais, enfermeiros e profissionais ligados à vigilância epidemiológica e sanitária de todos os municípios do Planalto Norte. A ação envolveu também a 25ª Gerência Regional de Mafra. De acordo com a gerente regional de Saúde, Andrea de Paula e Silva o objetivo da reunião foi o de verificar como a região está preparada para enfrentar eventuais casos suspeitos de gripe A e também discutir ações de prevenção. Ela citou que não há casos confirmados de H1N1 na região, apenas cerca de 20 casos suspeitos, porém nenhum caso grave. Segundo Andrea a Vigilância Epidemiológica possui a medicação para ser disponibilizada mediante solicitação médica. A gerente ressaltou ainda que as orientações seguidas na Regional são repassadas pelo Ministério da Saúde e Secretaria de Estado da Saúde e que o protocolo de atendimento deve ser o mesmo em todos os locais. Durante a reunião o farmacêutico Wanderley Coelho Filho realizou uma palestra aos presentes esclarecendo todas as duvidas sobre a Influenza A (H1N1). Segundo o profissional o H1N1 tem sua transmissão na mesma proporção do vírus da Influenza (gripe comum). O que preocupa é a evolução para síndrome respiratória aguda grave, onde o paciente apresenta não apenas os sintomas da gripe, que são comuns nos dois casos (febre alta, tosse, calafrio, dor de garganta, dores no corpo, corrimento nasal), mas também falta de ar, agravada quando o paciente já possui uma doença pré-existente. A gerente de Saúde ressaltou que a Vigilância só pode confirmar qual o vírus da gripe após a realização de exame de secreção nasal, feito no Brasil apenas no Rio de Janeiro, São Paulo e Pará. Assim, a pessoa que tenha suspeita deve se dirigir até a Unidade de Saúde ou o Hospital de sua cidade, já que os profissionais estão preparados. Após a triagem e havendo a necessidade da medicação, o médico é o único responsável pela sua prescrição.
Hábito do chimarrão deve ser abandonado
Algumas precauções estão sendo tomadas a fim de prevenir o máximo a proliferação da doença, como por exemplo: o hábito do chimarrão deve ser abandonado por alguns dias, por ser um costume coletivo gerando alto risco de contágio. Além disso, todos profissionais da área de saúde pública foram orientados a lavar as mãos com mais freqüência, deixar janelas e portas abertas para circulação do ar e desligar aparelhos como o ar condicionado pelo maior tempo possível e usar máscaras cirúrgicas durante o atendimento ao pacientes. Nas escolas, o cuidado também é grande, com o retorno das aulas para o segundo semestre letivo, no início desta semana, os professores e funcionários estão de olho nos alunos. Copos, talheres e a merenda não são compartilhados, a higiene com as mãos e materiais utilizados deverá ser feita com frequência. Quando algum aluno apresenta sintomas de gripe, é convidado a procurar um médico. O importante é saber que a gripe comum e a gripe A são causadas por vírus diferentes, não podendo ser tratadas da mesma maneira. Os principais sintomas da nova doença são: febre repentina acima de 38ºC, dores no corpo e dificuldade para respirar. O tratamento é feito através do medicamento Tamiflu, que não é vendido nas farmácias, mas está disponível com receita, na rede pública de Saúde. O efeito do medicamento é melhor nas primeiras 48 horas de início da doença.
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Joaquim Fernandes Padilha
Assessor de Comunicação – 26a SDR Canoinhas – SC