Pesquisa divulgada hoje pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) confirma alerta feito pelo presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski. Segundo o Instituto, a crise econômica mundial causou mais impacto no mercado de trabalho em Municípios do interior do país. O estudo foi divulgado dia 29 de abril.
Logo no início da crise, Ziulkoski afirmou aos gestores municipais que a diminuição nas arrecadações iria afetar os Municípios, principalmente os menores. Essa previsão é confirmada pelos dados do Ipea, que apontam: a criação de 46.239 vagas transformou-se em 500.537 postos de emprego fechados. A análise foi dividida em dois períodos – outubro de 2007 a março de 2008 e entre outubro de 2008 a março de 2009.
Entre as cinco regiões brasileiras, a Sul e a Sudeste foram as mais afetadas com a queda no mercado de trabalho. Essas localidades apresentam o maior pólo industrial, e por isso são as mais prejudicadas.
Ao contrário do que acontece no interior do Brasil, as Regiões Metropolitanas ainda mantém positivo o índice de criação de empregos. Porém, mesmo assim houve diminuição. Entre 2007 e 2008 foram geradas 293.805 vagas nas metrópoles, contra 13.735 em 2008 e 2009.
Salários, idade e escolaridade
As pessoas com mais de 27 anos de idade e com menos escolaridade são as mais afetadas pela crise, conforme o Ipea. O instituto constatou que empregos para jovens entre 17 e 24 estão em uma escala positiva. E ainda, as vagas são mais freqüentes para aqueles com escolaridade de ensino médio completo ou superior completo ou incompleto. Para esse perfil a atual crise não ocasionou fechamento de mercado.
Os empregos com altos salários foram os que sofreram maior retração. Esse fato acontecia antes mesmo da chegada da crise ao país, mas, atualmente, a situação é a mesma para as vagas de um ou dois salários mínimos.
Fonte: CNM