Agência CNM
A extinta Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) não provocou muita
diferença no valor de tributos e contribuições arrecadados. Neste primeiro semestre de
2008, a arrecadação de impostos somou R$ 333,208 bilhões, registrando crescimento de
10,43% e um novo recorde para a Receita Federal.
Os principais contribuintes são pessoas físicas que pagaram o Imposto sobre Operações
Financeiras (IOF), tributo com maior crescimento do valor arrecadado. O IOF teve suas
alíquotas elevadas para suprir a ausência da CPMF, e apresentou um total de R$ 9,8
bilhões, sendo R$ 3,8 bilhões pagos pelo cidadão. Porém o Imposto de Renda (IR) continua
apresentando maior número de arrecadação, seus resultados equivalem a 29% do total de
todos os tributos. Só as empresas pagaram à Receita Federal R$ 44,7 bilhões e a somatória
é igual a R$ 97 bilhões. O Cofins ficou em segundo lugar, com 14% a mais de valores pagos.
Para a Receita Federal, o lucro das empresas e o aumento do Produto Interno Bruto (PIB)
do país são os responsáveis por esses sucessivos recordes conquistados. Mas, há também um
expressivo progresso no recebimento de cobranças judiciais de dívidas tributárias e de
ações de fiscalização. Foram R$ 9,5 bilhões em multas e juros, um aumento de 60%.
Nem todos os impostos apontaram crescimento, o Cide (tributo dos combustíveis) caiu
12,2%. A explicação para isso é a redução de sua alíquota por decorrência do aumento de
preços da gasolina e do diesel. A receita da Previdência obteve 12,6% de crescimento no
semestre e chegou a R$ 83,7 bilhões.
Fonte: Com informações da Folha Online