Municípios brasileiros não acessam recursos do Mercosul

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Agência CNM

O Fundo para a Convergência Estrutural do Mercado Comum do Sul 
(Focem/Mercosul), criado em 2004 pelos Estados Membros do Bloco, ainda 
não é uma realidade para os municípios brasileiros. Apesar de contar 
com o montante de U$ 100 milhões anuais, até o momento só Paraguai e 
Uruguai acessaram os recursos.

Enquanto nesses dois países o fundo é acessado exclusivamente pelos 
governos centrais, no Brasil tem-se como prioritário que o acesso seja 
feito por estados e municípios. Com essa diferença fundamental de 
procedimento, o governo federal trabalha para que os entes federativos 
brasileiros lancem mão desses recursos.

Criado pela Decisão CMC n°45/04, o Focem tem como objetivos fomentar o 
desenvolvimento e o ajuste econômico dos países membros, desenvolver a 
competitividade e promover a coesão social, em particular das 
economias menores e regiões menos desenvolvidas.

Além disso, busca apoiar o funcionamento da estrutura institucional e 
o fortalecimento do processo de integração dos países do Mercosul. É 
um mecanismo de solidariedade entre as economias do Bloco, para o qual 
o Brasil contribui com 70% dos recursos, a Argentina com 27%, o 
Uruguai com 2% e o Paraguai com 1%. Quanto ao destino do auxílio 
financeiro, o Brasil e a Argentina têm direito a acessar 10%; o 
Uruguai, 32%;e o Paraguai, 48%.

O Focem possui um corpo executivo em Montevidéu, assim como um braço 
gerencial em cada país do Bloco. A unidade técnica brasileira é o 
Ministério do Planejamento, órgão responsável por aspectos como a 
formulação, a apresentação, a avaliação e a execução de projetos 
brasileiros no âmbito do Mercosul.

O grande problema é que até agora não estão claros os procedimentos 
para o acesso ao Fundo no Brasil, ou seja, os recursos existem, mas 
não podem ser utilizados. Estima-se que o montante já ronde o valor de 
U$ 140 milhões.

A Confederação Nacional de Municípios (CNM) vem fazendo sucessivos 
apelos ao governo federal para que seja agilizada a criação dos 
critérios e dos procedimentos adequados para o acesso. Estima-se que, 
no início de 2009, o Fundo seja disponibilizado aos

Fonte: Agência CNM