Devido
à instabilidade gerada pela atual realidade da cultura do feijão, em especial
aos preços defasados, desregulamentação de estoque e grave risco à subsistência
dos produtores rurais e suas famílias; as secretarias de agricultura e os
prefeitos da Região do Contestado unem forças e solicitam apoio de autoridades
estaduais e federais. Esta semana, a Associação dos Municípios da Região do
Contestado (Amurc), encaminhou documento à Companhia Nacional de Abastecimento
(Conab), ao Governo do Estado de Santa Catarina, a autoridades estaduais e
federais, lideranças políticas e empresariais.
Segundo
a Associação, levantamentos parciais indicam que apenas no entorno de
Curitibanos (Fraiburgo, Santa Cecília, Frei Rogério, Curitibanos, São Cristóvão
do Sul e São José do Cerrito), cerca de 300 mil sacas de
feijão estão estocadas e sem destino comercial. Apenas no município de
Frei Rogério, cerca de 500 produtores rurais estão sendo atingidos por esta
realidade de falta de demanda e completa desregulamentação do mercado. O
preço médio da safra atual está em R$ 30 a saca, quando em 2013 o mercado
pagava, em média, R$ 150 a saca de feijão.
A
manifestação política dos prefeitos da região tem por objetivo solicitar a
promoção de medidas imediatas visando a regulação do estoque de feijão no
cenário nacional e estadual, promovendo a defesa de produtores rurais e da
cadeia produtiva; a garantia de mecanismos de estoque e armazenamento
adequados nas microrregiões produtivas assegurando uma rede de
armazenamento, evitando custos financeiros de transporte e deslocamento
da produção excedente para regiões distantes das áreas de produção; suporte
técnico junto à cadeia produtiva rural para auxílio na promoção de
medidas de ajuste do mercado e especialmente, planejamento da produção
para os próximos anos; e a promoção de fóruns de debate do
problema, envolvendo a sociedade política e as entidades de
serviços do ambiente rural, visando a reação coletiva e organizada
no enfrentamento deste tema.
“Há
momentos em que a mão forte do Estado precisa proteger a vida, a subsistência
das pessoas e daqueles que plantam a terra, pois está em jogo a cadeia
produtiva, a economia e a dignidade de homens e mulheres que alimentam a
nação. É o caso, neste momento, dos produtores rurais atingidos pelo terrível
cenário de preços e mercado da safra do feijão”, concluiu a presidente
da Amurc Sisi Blind, prefeita de São Cristóvão do Sul.
Assessoria de Comunicação e Imprensa
Prefeitura de Curitibanos