BR 116, um ano depois: Mobilização constante, negociação e defesa dos interesses econômicos e sociais dos municípios

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As Associações de Municípios do Planalto Norte (AMPLANORTE),
da Região do Contestado (AMURC)  e da região Serrana (AMURES)  estão
fechando  um ano de articulação e defesa  dos interesses dos
municípios lindeiros à BR 116 em Santa Catarina.  Na avaliação dos 
dirigentes das entidades municipalistas, há fortes razões para comemorar: os
municípios se organizaram, fixaram pauta de  interesses, construíram
canais de negociação com a concessionária,  implantaram mecanismos de
interlocução com autoridades federais, mobilizaram a sociedade e asseguraram um
canal permanente de  diálogo  – a  Comissão Tripartite  –
fórum que trata dos temas relacionados  à rodovia e  no qual 
têm assento os representantes da  sociedade  civil, municípios,
representantes  governamentais e  da  concessionária.


 


Conforme as lideranças municipalistas, a  mobilização
das  associações e  municípios mudou  profundamente 
a  forma de  relacionamento da  concessionária com os
interesses  dos municípios que  são perpassados pela  BR
116.   Sisi Blind, Presidenta da AMURC   e uma das
lideranças da mobilização destaca: "Temos documentos unificando nossas
reivindicações, angariamos apoio da bancada catarinense  em Brasília,
abrimos canais diretos  com a  ANTT – Agência Nacional de Transportes
Terrestres e permanentemente estamos negociando temas relacionados  à
segurança, mobilidade, sinalização, acessos da rodovia  em cada um dos
municípios. Hoje temos diálogo, respeito e canal aberto com os administradores
da Arteris – Autopista Planalto Sul".


 


Aldomir  Roskamp, prefeito de Monte Castelo e
Presidente da AMPLANORTE (na foto  entregando documento à 
Superintendente de Exploração da Infraestrutura Rodoviária da ANNT em Brasília)
destaca: "apesar das enormes lacunas  no contrato, da falta de
inclusão das demandas dos municípios e  da população no atual contrato
de  concessão já avançamos em  comum acordo com a 
concessionária e  estamos  definindo as  demandas
estruturais  necessárias  para a  BR 116, ainda 
durante  este contrato de  concessão. Estimamos que para 
implantar  trevos, ruas  vicinais e  obras de mobilidade
serão  necessários mais de  R$ 100 milhões".


 


Nos próximos  dias, as Associações retomarão as
negociações com o DNIT e  ANTT para a tarefa estratégica dos próximos
meses: negociar as  obras estruturais,  assegurar recursos e 
avançar na defesa  dos interesses  econômicos e  sociais 
dos municípios  alcançados  pela "Estrada  da Mata"
catarinense.


 


(Texto: Rui Braun)