Um sentimento é cada vez mais claro para o presidente da FECAM e prefeito de Palhoça, Ronério Heiderscheidt. A cada viagem a Brasília, para participar da Marcha em Defesa dos Municípios, ele acredita que o caminho para os municípios brasileiros é um só: fortalecer as receitas próprias, como IPTU e ISS. "Esse é o caminho para não ficarmos apenas na dependência dos recursos federais", explica. Para ele, é necessário mudar o foco das administrações públicas municipais, que precisam priorizar uma gestão pública eficiente, independente dos repasses vinculados a União. Comentou ainda a respeito da informação de que existem R$ 2 bilhões de emendas parlamentares paralisadas que deveriam ser distribuídas aos municípios do país. "Esse é um resultado direto da burocracia pública", avalia.
O entrave é o grande tormento e a principal preocupação das administrações públicas municipais, admite o presidente da FECAM. Essa semana, por solicitação da União, a FECAM vai dar início a uma avaliação para saber quais são os municípios catarinenses que têm parcelas a receber do governo federal. "A União sentiu a pressão dos prefeitos para que esses recursos sejam repassados para os municípios", afirma. Segundo Heiderscheidt, uma ação efetiva foi a redução de 40% na contrapartida das prefeituras nos recursos advindos do PAC.
Valquíria Guimarães
Assessoria de Comunicação