Os municípios de Florianópolis e Joinville foram selecionados para participarem do Projeto Mecanismo de Desenvolvimento Limpo aplicado a resíduos sólidos urbanos dos Ministérios das Cidades e do Meio Ambiente. A iniciativa vai realizar estudos de viabilidade que vão apontar formas de gerenciar resíduos dos aterros sanitários de 30 municípios brasileiros, definindo se as emissões nocivas dos lixões podem ser aproveitadas na forma de energia.
A portaria interministerial que os ministros das Cidades, Marcio Fortes de Almeida, e do Meio Ambiente, Marina Silva, assinaram nesta quarta-feira (20), em Brasília, cria os comitês que vão institucionalizar, implementar e acompanhar o projeto.
Com recursos de uma doação do governo japonês, e apoio do Banco Mundial, o MCidades vai remunerar o trabalho de consultores que vão analisar a viabilidade econômica, social, ambiental e técnica do aproveitamento do biogás produzido pelos aterros sanitários de 30 das mais populosas cidades brasileiras. Elas foram selecionadas dentre os 200 municípios de maior população que ainda não dispunham de estudos com essa finalidade.
Coordenados pelo Programa de Modernização do Saneamento de Saneamento (PMSS), os estudos vão mostrar como esses municípios podem aproveitar os gases emitidos das áreas de disposição final de resíduos sólidos urbanos, que contribuem para o efeito estufa e, conseqüentemente, influenciam mudanças globais do clima. Além de contribuir para a melhoria da qualidade do meio ambiente, essas emissões (biogás) podem ser aproveitadas como fonte de energia.
O trabalho também vai indicar formas de geração de empregos e inclusão social, integrando catadores de lixo dos aterros e os de rua, assim como outras atividades afins do entorno dessas áreas, ao sistema de coleta seletiva.
Créditos de Carbono Com esses estudos em mãos, as prefeituras vão poder buscar financiamento nacional e internacional para implantar seus projetos. Iniciativas de MDL podem ser financiadas pelas empresas que mais poluem o planeta e comercializados na forma de créditos de carbono.
Fonte: Ascom FECAM com informações do MCidades |