A Secretaria de Estado da Educação, Ciência e Tecnologia inicia o ano letivo reunindo cerca de 15 instituições públicas para discutir e reforçar a política estadual de alimentação escolar. A Diretoria de Apoio ao Estudante e à Rede Física Escolar iniciou nesta semana diversos encontros com o objetivo de organizar um seminário científico e mostra de alimentos, ambos voltados a programas públicos de alimentação escolar, além de capacitação envolvendo nutricionistas, conselheiros municipais de educação, representantes de Cooperativas e Associações de Produtores Rurais.
Com essas ações a Secretaria da Educação e demais órgãos públicos querem oferecer aos estudantes catarinenses uma alimentação saudável e ao mesmo tempo fazer com que as escolas sejam mais um ponto de escoamento da produção agrícola regional.
Segundo os participantes, a diversidade econômica e cultural de Santa Catarina permite que se viabilize nesses programas a sustentação de algumas áreas produtivas que até então eram desconsideradas, como é o caso dos bananicultores e suinocultores, além da maior presença do peixe e da maçã no cardápio da merenda escolar. O diretor de Apoio ao Estudante e à Rede Física Escolar, Ênio Pablo Souza ressaltou que o seminário deve contemplar três pontos importantes: estimular as experiências de cooperação e integração do empresariado catarinense, avançar no programa de alimentação agroecológica e focar o fortalecimento da parceria Estado-municípios.
Dentre os pontos polêmicos apontados durante a discussão está a estrutura exigida para a implementação das agroindústrias, que não diferencia as grandes e pequenas, impondo um padrão muitas vezes inacessível e de alto custo para o beneficiamento dos produtos. Cerca de 95% dos estabelecimentos industriais de SC são individuais, ou seja, possuem uma escala de produção pequena, difícil de atender às determinações legais de uma grande demanda e participarem de licitações públicas. Também foram destacados outros empecilhos que prejudicam os pequenos produtores, como a proibição de comercializar fora dos limites de seu próprio município e o uso de embalagens inadequadas.
A mostra permitirá conhecer o potencial de produção industrial e agrícola do Estado, segundo os organizadores. Os técnicos pretendem fomentar a organização de um mercado institucional, com a participação das prefeituras, do Governo do Estado e das escolas da rede pública, que dispõem de recursos descentralizados para a compra de produtos perecíveis. “Os municípios também terão espaço para a apresentação de seus programas”, informa a gerente de Nutrição Escolar, Inês Terzinha Lorenzi. Participaram do planejamento do seminário, representantes do Conselho Estadual de Alimentação Escolar, técnicos da Epagri, Cidasc, Sebrae, FECAM, Secretaria da Agricultura, Fórum de Economia Solidária, Ministérios do Desenvolvimento Social e Agricultura.
Fonte: Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado da Educação, Ciência e Tecnologia |