A safra de milho no Planalto Norte de Santa Catarina deve alcançar 279,2 mil toneladas no ano agrícola 2023/2024, com uma produtividade de 9,33 mil quilos por hectare. Essa estimativa é cerca de 3% menor do que a produção registrada na safra anterior. Esses dados foram levantados a partir do primeiro Giro da Safra, apresentado no evento de encerramento das atividades, que ocorreu na quinta-feira (22). O plantio de milho na região ocupa uma área de 29,9 mil hectares.
O projeto foi realizado pela Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) e pelo Sicoob Central RS/SC e suas cooperativas locais, com a colaboração de outras instituições e de agricultores que abriram suas propriedades para a coleta de amostras das lavouras. No total, 59 áreas, em sete municípios do Planalto Norte catarinense, foram visitadas pelas equipes em quatro dias de trabalhos de campo.
Os objetivos do Giro da Safra foram avaliar, monitorar e testar metodologias de aferição da produtividade e da plantabilidade das lavouras por meio da coleta de dados de amostras no período pré-colheita. Conforme o extensionista da Epagri em Canoinhas, responsável pela área de grãos no Planalto Norte catarinense, Donato Noemberg, além dessas informações, também foi possível levantar dados preliminares sobre ervas daninhas, doenças e pragas com maior incidência nas lavouras.
O agricultor Rudnei Schafacheck, de Mafra, foi um dos participantes do Giro. Ele se diz satisfeito por poder contribuir com a coleta de informações sobre o setor. “Informação é sempre importante na decisão do que plantar, quando comprar sementes, insumos”, disse durante o evento de encerramento, do qual participou com a esposa, Camila Schafacheck. Ele também ficou satisfeito em conhecer um pouco mais sobre o trabalho que a Epagri desenvolve na região.
Aperfeiçoamento das estatísticas da safra
O analista de Socioeconomia e Desenvolvimento Rural do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa), Haroldo Tavares Elias, esclareceu as metodologias testadas a campo devem colaborar para o aperfeiçoamento, ainda maior, da assertividade dos dados fornecidos à sociedade catarinense pela instituição.
“A intenção é combinar metodologias subjetivas, como as consultas a informantes chave, com metodologias objetivas, como a coleta de amostras e aferimento da produtividade por meio da contagem de espigas e grãos a partir de um estudo estatístico”, explica. As informações sobre o monitoramento de safras e preços dos principais produtos agropecuários de Santa Catarina são disponibilizadas gratuitamente para toda a sociedade por meio dos sites do Infoagro (infoagro.sc.gov.br) e do Observatório Agro Catarinense.