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Floresta Nacional de Três barras poderá trazer mais desenvolvimento econômico e ambiental para região da Amplanorte

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 O Procedimento de Manifestação de Interesse foi lançado nesta sexta!

  

Com o objetivo de discutir um novo destino para a Floresta Nacional de Três Barras (Flona), Lideranças políticas, empresários, representantes das associações empresariais e líderes comunitários se reuniram na manha desta sexta- feira (27), no instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), em Canoinhas.

O evento que marcou a cerimônia de abertura do projeto, foi organizado pela Amplanorte, Serviço Florestal Brasileiro (SFB) e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), se tratando do lançamento do Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI), um edital que foi publicado no dia 27/09/2019 no Diário Oficial da União para a realização de estudos de viabilidade econômica para a Concessão Florestal e de Serviços na Unidade.

A cerimônia de abertura do edital do PMI começou com as autoridades e lideranças políticas da região se pronunciando e dando introdução a posterior apresentação da iniciativa.

Carlos José Ribeiro da Silva, coordenador da Flona de Três Barras, citou o pioneirismo dessa iniciativa e as vantagens para a região do planalto Norte: “A floresta nacional de Três barras vai ser a primeira floresta nacional fora da Amazônia com concessão florestal, na concessão florestal existe as partilha dos recursos oriundos da concessão, sendo mais vantajoso para estados e municípios”, concluiu o coordenador.

O presidente da Amplanorte e prefeito do município de Major Vieira, Orildo Severgnini, também falou no palco do IFSC, ele expôs a importância das associações de municípios para região e sobre o objetivo de cada vez mais fortalecer a Amplanorte, citou também em sua fala que a concessão florestal já era debatida desde a época que Amplanorte ainda era AMURC.

O presidente também disse que o manejo da Flona poderá representar mais desenvolvimento econômico para a região: “Precisamos ter um projeto que alinhe o uso dessa área com geração de emprego e renda, trazendo mais dignidade para a região”, disse Severgnini.

 

Segundo dados apresentados pelo Deputado Valdir Colatto em sua fala na introdução do projeto, muitas florestas brasileiras se encontram em um estado dito por ele como “contemplativo”, para ele se deve aliar o desenvolvimento econômico e sustentável: “Por volta de 66% das florestas brasileiras são apenas utilizados como área contemplativa, precisamos que essas áreas possam desenvolver atividades econômicas, sociais e ambientais, isso é desenvolvimento sustentável”.

 

Diretor do Serviço Florestal responde dúvidas

A  Amplanorte também conversou com Paulo Carneiro, Diretor de Concessão Florestal e Monitoramento do Serviço Florestal Brasileiro (SFB), ele respondeu algumas perguntas e contou mais detalhes sobre o projeto.

 

 

Gostaria que você se apresentasse e falasse um pouco sobre o evento.

“Eu sou Paulo Carneiro do Serviço Florestal Brasileiro e hoje fizemos um procedimento de manifestação de interesse, que tem o objetivo de desenhar a modelagem da concessão da Flona de Três Barras, a ideia é fazer com que sociedade participe e apresente propostas visando esse manejo, de acordo com o plano de manejo que prevê a substituição do pinus, para o plantio de nativos.”

“O objetivo é que esses plantios sejam espaços demonstrativos de como fazer o uso econômico dessas áreas de reserva legal e também para conservar espécies ameaçadas de extinção como, por exemplo, a araucária e canela sassafrás.”

 

Qual a importância dessa iniciativa para região do planalto norte?

“Existe uma grande demanda para o uso desta área e para que os recursos econômicos gerados retornem para os municípios, trazendo mais desenvolvimento para região, tanto econômico como sustentável também.”

 

Quando se fala em extrair madeira, logo algumas pessoas podem pensar que isso causará danos à floresta nacional, como a concessão vai aliar o econômico com o ambiental?

“Queremos substituir o plantio de pinus e manejar o povoamento de araucária para que haja mais diversidade dessa espécie, então a concessão não tem objetivo de causar danos à floresta nativa, e sim extrair o plantio não nativo, trazendo um benefício econômico e ambiental.”

Também segundo Paulo sobre a cerimônia do lançamento do PMI: “O evento de hoje, é uma grande oportunidade para se construir o edital de licitação, que esperamos lançar no meio do ano que vem”.

 

 

Sobre a floresta e o projeto

O ciclo de plantio dos reflorestamentos na Floresta Nacional de Três Barras (Flona) teve início a partir de 1945, com a plantação do pinheiro araucária (araucária angustifólia), e posteriormente com o plantio da espécie exótica do pinus, mais tarde foi introduzida a espécie pinus elliotti e pinus taeda. Estima-se que o volume de madeira existente hoje na floresta, é superior a 400.000 mts³ de madeira.

Na lista de espécies ameaçadas e protegidas pela Flona estão o gato-do-mato (Leopardus tigrinus), lobo-guará (Chrysocyon brachyurus), gato-maracajá (Leopardus pardalis mitis), morcego vermelho (Myotis ruber) e a onça-parda (Puma concolor capricornensis).

Encabeçado em 2016 pela Amplanorte com o apoio de diversos setores da sociedade, o objetivo é criar um plano de manejo, venda e extração de madeira – pinus e eucalipto – para financiar um fundo destinado a projetos em benefício da região da Amplanorte.

Para o diretor executivo da Amplanorte, Hélio Daniel Costa, pelo tempo de sua implantação, o corte da madeira já está atrasado, e nada mais justo que a geração de emprego e renda fique na região.

“Com o apoio de todos conseguimos incluir esse projeto no plano de desenvolvimento regional, a área é enorme, e é inegável que a exploração desta madeira vai gerar riquezas, é melhor ainda que essa riqueza seja aplicada em nossa região”, concluiu.

Para saber mais sobre os eventos e ações que acontecem na associação dos municípios do planalto norte, continue acompanhando as mídias da Amplanorte.

 

Acesse: www.amplanorte.org.br/.

Assessoria de Imprensa

 

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