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Homenagem à Mafra e aos imigrantes feita através da arte do Grafite

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Homenagem à Mafra e aos imigrantes feita  através da arte do Grafite

 

 

O município de Mafra tem revelado diversos filhos artistas nas mais variadas formas de expressão da arte. Um deles participou efetivamente dos festejos do aniversário de Mafra, no último final de semana, com  seu grafite sendo observado por milhares de pessoas, inicialmente no desfile de 7 de Setembro e depois em todos os dias da 2ª Festa das Etnias.  Trata-se do grafiteiro Dion Luis Hable de Oliveira.

 

Mafrense, do bairro da Restinga, Dion descobriu no grafite a forma de se comunicar com o mundo.  Desde criança sua brincadeira predileta era desenhar.  A brincadeira ficou séria quando conheceu, aos 16 anos, o movimento Hip Hop, em que o grafite é um dos elementos. Nasceu aí um amor eterno e, em consequência, uma profissão.

 

“Aprender a fazer fazendo”

Dion diz “que aprendeu a fazer fazendo” e adaptando suas habilidades  com o desenho à técnica do grafite. Mas o que efetivamente abriu as portas para a arte foi quando começou a doar seu trabalho para a rua. E seus trabalhos já estão ganhando asas. Hoje ele tem espaços conhecidos nas duas cidades, como no Ginásio Wilson Buch e na pista de skate de Rio Negro. Tem obras em Curitiba, Joinville, Florianópolis e em diversas cidades do litoral catarinense. Também começou a passar suas técnicas nas oficinas da Casa da Cultura, no período de 2013 a 2016.

 

Aluno das escolas estaduais Santo Antônio e Barão de Antonina, Dion voltou à escola como palestrante, quando falou sobre sua paixão, o grafite.

 

E neste final de semana, não somente expôs um painel de cerca de 9 metros mostrando as diversas etnias  da miscigenação de culturas que  ajudaram a construir Mafra, feito totalmente em grafite, como  homenageou Mafra pelo seu aniversario,  desenhando ao vivo e em frente a todos os que assistiam o desfile o  dizer  Mafra 102 anos. Em todas as suas obas assina com o codinome Moska.

 

Persistência e Perseverança

Persistência e resistência são as palavras que Dion definiu como chaves para sua vida, em razão do desestímulo que sentia quando declarava sua profissão. “Mas grafite, isso não te leva a nada?”, argumentavam. Mas ele não desanimou. Ao contrário, perseverou, e hoje recomenda aos que desejam trilhar pelo caminho do grafite: “Acreditem e sigam o projeto de fazer o que gostam”.

 

Mas ele não se entregou de corpo e alma a arte do grafite sem antes tentar outras profissões. Foi gerente de lojas em outras cidades, onde, segundo ele, aprendeu muito. “Essa profissão me ensinou muitos conceitos de gestão e administração de negócios, o que me deu muita bagagem e conhecimento para tocar meu negocio sozinho”, declarou dizendo-se muito grato pelas oportunidades.

 

Pra ele o grafite é uma arte que sempre tem uma mensagem importante sendo dita, que precisa ser entendida e respeitada.  Como Dion define o grafite? “O grafite foi a forma que encontrei para  me expressar enquanto artista, é minha válvula de escape e meu ganha pão”.