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Febre amarela foi tema de encontro para profissionais no auditório da Amplanorte

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Febre amarela foi tema de atualização para profissionais que atuam na prevenção da doença no Planalto Norte

 

• Capacitação envolveu setores da saúde, agricultura, veterinária, transporte e polícia militar a fim de haver atuação intersetorial no combate à doença

 

Santa Catarina é Área com Recomendação de Vacinação (ACRV) para a Febre Amarela, segundo a DIVE – Diretoria de Vigilância Epidemiológica do Estado. Este também foi um dos motivos que nortearam a capacitação “Atualização Planalto Norte sobre Febre Amarela”, organizado pela Gerência Regional de Saúde de Mafra.

Na manhã do dia 28, última sexta-feira, no auditório da Amplanorte, a palestrante e coordenadora estadual do programa de Vigilância da Febre Amarela na DIVE/SC, Renata R. Gatti,  abordou os dados epidemiológicos do estado, o ciclo de transmissão da doença,  sintomas, vacinação e enfatizou a importância da população informar as autoridades de saúde em até 24 horas qualquer morte ou adoecimento de macacos na região, para que seja detectado o caminho que o vírus está se dispersando e os próximos municípios a serem atingidos.

 

União entre setores

Este encontro serviu para esclarecer dúvidas e qualificar a operacionalização do programa de combate à doença, atingindo a região com maior amplitude, uma vez que o Planalto Norte e a Serra Catarinense são duas regiões de saúde consideradas silenciosas, ou seja, com poucas informações a respeito dos macacos. Portanto, segundo a palestrante, é imprescindível o envolvimento e formação de parcerias entre os setores da saúde e extra saúde como profissionais das secretarias de saúde, agricultura, transporte, polícia ambiental e militar, Cidasc, guias e condutores de parques, entre outros. “Precisamos que estas informações estejam presentes em todos os órgãos, os quais estão em contato diretamente com a população que mora próximo a regiões de mata – local que abriga os mosquitos transmissores e o macaco que também é vítima da doença”, explicou. Renata salientou que o macaco não é o transmissor, mas a sua morte sinaliza a possível presença da doença na região.

 

Caso detectado

A Dive/SC vinculada à Superintendência de Vigilância em Saúde, da Secretaria de Estado da Saúde (SES/SC), confirmou um óbito de um paciente de Joinville em março deste ano, vítima da Febre Amarela. Santa Catarina não registrava casos dessa doença em humanos desde 1966.

Houve ainda a morte confirmada por Febre Amarela de dois macacos, sendo um bugio e um macaco prego, respectivamente nos municípios de  Joinville e  Garuva. Segundo a palestrante, na região do Planalto Norte, três mortes de macacos ainda estão sendo investigadas, sendo duas de Campo Alegre e uma de São Bento do Sul.

 

Prevenção da doença

“A maior amplificação do vírus no estado de Santa Catarina, está prevista para início de setembro deste ano quando aumenta a densidade dos mosquitos transmissores. Isto é preocupante visto que a letalidade da Febre Amarela nunca é inferior a 30%, refletindo num impacto à saúde pública muito maior do que a dengue, ainda mais por demandar de leitos de UTI. Portanto, devem-se incentivar as pessoas a tomarem a vacina o quanto antes”, disse Renata.

De acordo com Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde de Mafra, todas as pessoas com idade a partir de 9 meses até 59 anos, conforme as recomendações do calendário nacional de vacinação, devem ser imunizadas, principalmente as que moram próximas à borda de mata ou exercem atividades nesse ambiente. 

 

Vacine-se

A única forma de evitar a febre amarela é a vacinação. Vale lembrar que a vacina está disponível gratuitamente, durante todo o ano, nas salas de vacinação do município, bem como em ações pontuais como por exemplo, o “Saúde na Praça” que acontece uma vez por mês, sempre em um sábado pela manhã, no centro da cidade. E neste sábado, dia 06 de julho, acontece a 5ª edição do evento, na Praça Guilherme Luiz Abry (praça dos bancos) das 8 às 12 horas.