Reunião ocorrida nesta quarta-feira, 7, na prefeitura municipal, entre representantes da Implantec e da Secretaria Municipal de Habitação, discutiu questões relativas à pavimentação e ao sistema de aquecimento solar implantado no Residencial Nossa Senhora Aparecida, do bairro Piedade.
De acordo com o engenheiro Paulo Tem Pass, a própria Implantec – responsável pelas obras no residencial – detectou que a base usada para fazer o asfalto não era apropriada. A pavimentação apresentou fissuras e o que o profissional chama de “desplacamento” da superfície do asfalto. “Já entramos em contato com a Caixa e assumimos o compromisso de recondicionar todo o asfalto. Já fizemos um trecho como teste, com uma nova base, e estamos nas análises finais para ver como se comportou esse teste e a gente, tirando as conclusões, vamos usar o mesmo padrão de asfalto para o resto do loteamento”, explicou Tem Pass.
“É importante frisar que a Implantec admitiu o erro da obra e está fazendo os reparos”, destaca o secretário de Habitação, Célio Galeski. Há três meses a empresa está fazendo testes com a pavimentação. “Estando esta parte concluída, vamos fazer exames laboratoriais para ter certeza de que o asfalto não vai mais apresentar problemas. Não posso estabelecer um prazo, mas vai ser na decorrência deste ano”, expõe.
Sistema de aquecimento
O sistema de aquecimento solar instalado nas unidades habitacionais do residencial, de acordo com a construtora, possui uma válvula anti-congelamento acionada por meio de um elemento termossensível que joga água a ponto de congelar no interior do coletor solar. A válvula é acionada quando a temperatura atinge 6 graus. Por este motivo, no inverno haverá a ocorrência do “vazamento de água” na saída da placa indicando o correto funcionamento do sistema. Para economizar água, o aquecimento solar deve ser desativado na época mais fria do ano.
Segundo o Tem Pass, no inverno o sistema também não funciona plenamente por casa da baixa insolação – o que faria com que o desligamento no inverno não trouxesse prejuízos ao morador. “Pelo contrário, evita-se o desperdício de água”, diz. Como o sistema necessita de água, se estiver ligado em baixas temperaturas pode congelar danificando os aparelhos. “Por isso é imprescindível desligar o sistema”, explica Tem Pass.
A construtora já iniciou o desligamento do sistema de aquecimento e cada morador está recebendo um termo onde se compromete a assumir os riscos caso resolva, por conta própria, ligar o equipamento.
O secretário de Habitação, Célio Galeski, lembra que o sistema de aquecimento para a água do chuveiro a partir dos raios captados da luz solar é instalado nas unidades habitacionais porque há alguns anos o Brasil assinou um acordo internacional para prevenção de impactos das mudanças climáticas. Como forma de diminuir as agressões do País ao meio ambiente, o Governo Federal definiu que todos os conjuntos habitacionais deveriam ter sistema de aquecimento solar – passando a usar energia limpa. Os equipamentos instalados em Canoinhas são funcionais e apresentam boa qualidade quando usados corretamente.
Reintegração de posse
Tudo o que cabe à Secretaria de Habitação em relação ao residencial está sendo feito. Segundo Galeski, as unidades habitacionais invadidas no bairro Piedade e que já tiveram seus moradores retirados, estão em processo de reintegração de posse na Justiça, pela Caixa Econômica Federal. “As ocupações irregulares estão sendo tratadas na Justiça Federal”, completa.
Em relação às casas que tiveram seus primeiros contemplados que assinaram Termo de Desistência (distrato), novas pessoas (famílias) foram selecionadas e já ocupam a unidade.
A Secretaria de Habitação informou que tem conhecimento sobre os danos realizados nas residências: “vândalos invadiram para roubar portas, fiação elétrica e louças de banheiros, mas os reparos serão realizados por empresa contratada pela Caixa Econômica Federal”, afirma.
Para ocupar estas unidades serão contempladas pessoas que já estejam cadastradas no Programa Minha Casa, Minha Vida e priorizadas as pessoas com deficiência ou com outras patologias crônicas ou graves ou ainda em vulnerabilidade social. “A Secretaria Municipal de Habitação encaminha os cadastros e a Caixa faz a análise de cada caso para aprovação ou não”, comenta a assistente social da pasta, Telma Bley.