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Coordenadoria regional da Defesa Civil e Vigilância Epidemiológica reúnem municípios para discutir ações na região

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Estiveram reunidos na tarde desta segunda-feira (20), representantes da Defesa Civil e Vigilância Epidemiológica dos municípios de Canoinhas, Três Barras, Major Vieira, Papanduva, Rio Negrinho e São Bento do Sul. O encontro, organizado pelo coordenador regional da Defesa Civil, Edson Antocheski, e pelas responsáveis do setor de Vigilância Epidemiológica, servidoras da gerência regional de Saúde, bióloga Cristina Brandes Grosskopf e enfermeira Sandra Graças Nascimento, aconteceu na sala de reuniões da Gerência de Educação de Canoinhas.

Entre os assuntos abordados, os responsáveis de cada município receberam orientações para continuidade de ações, orientado a população sobre as preocupações quanto ao período de inundações. “Vamos realizar em parceria com todos os municípios da região um trabalho de precaução sobre a leptospirose, tétano acidental e animais peçonhentos”, destaca Cristina.

A bióloga explica também que o encontro foi realizado para colaborar na divulgação das notas técnicas e informativa recebidas pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) do Estado. Orientações como utilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) em caso de resgate e contato com água, orientação a população quanto ao acondicionamento correto de alimentos e água, alerta para sintomas de doenças, cuidados com os animais que forem levados a abrigos, informações sobre a Dengue na região e Estado, entre outros assuntos.  

Edson Antocheski também frisou que os municípios da região ainda estão em situação de alerta, devido a instabilidade do tempo em todo Estado. “Mesmo que não esteja prevista chuva em grande volume até o final de semana, todos devem estar alertas aos níveis dos rios, bem também como as localidades que são alagadiças”. 

 

Sobre a Leptospirose

A Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) da Secretaria de Estado da Saúde informa também que casos de leptospirose costumam aumentar imediatamente após alagamentos e enchentes, quando as águas ainda estão baixando, ou quando as pessoas retornam às suas residências e fazem a limpeza das casas.

Todos os municípios atingidos por inundações devem ficar em alerta, devendo disseminar informações sobre vigilância, prevenção e controle da leptospirose para serviços e profissionais de saúde, além de buscar orientar a população sobre os sintomas, mecanismos de transmissão e medidas para evitar a doença.

É preciso, também, estar atento à presença de animais peçonhentos, como serpentes, aranhas e escorpiões em regiões alagadas. Desabrigados, eles procuram abrigo em locais secos e costumam invadir as residências, aumentando o risco de acidentes.

Atenção aos riscos e sintomas

A leptospirose é uma doença grave, causada por uma bactéria presente na urina contaminada de animais, principalmente ratos. A bactéria penetra no corpo através de machucados e, até mesmo, da pele sadia quando a pessoa fica muito tempo dentro da água. Por isso, o risco é maior em épocas de enchentes e alagamentos.

Os sintomas iniciais podem ser semelhantes aos da gripe, provocando febre, calafrios, dor de cabeça, mal-estar e dores no corpo. Um sintoma bastante característico é uma forte dor nas panturrilhas (batata da perna). A leptospirose pode levar a quadros graves, com sangramento pelo nariz, vômito ou escarro com sangue, pele amarelada (icterícia) e diminuição da urina.

Moradores que tiverem febre, dor de cabeça e dores no corpo até 40 dias depois dos alagamentos devem procurar uma unidade de saúde. É fundamental que a pessoa informe ao médico se teve contato com a água ou com a lama.

A orientação da DIVE é de que todo paciente que apresente os sintomas iniciais e que teve contato com água ou lama de enchente receba imediatamente tratamento com antibiótico, independente do resultado de exame laboratorial.

Medidas de prevenção

  • Evite contato com água ou lama de enchentes e não deixe que crianças brinquem no local.
  • Use botas e luvas quando trabalhar em áreas com água possivelmente contaminada, como é o caso de alagamentos.
  • Pessoas que trabalham na limpeza de lama, entulho e esgoto devem usar botas e luvas de borracha para evitar o contato da pele com água e lama contaminadas. Se isso não for possível, usar sacos plásticos duplos amarrados nas mãos e nos pés.
  • Quando as águas baixam é necessário retirar a lama e desinfetar as casas, sempre se protegendo com luvas e botas. O chão, paredes e objetos devem ser lavados e desinfetados com água sanitária, na proporção de dois copos (400 ml) do produto para um balde de 20 litros de água, deixando agir por 10 minutos.
  • Jogue fora alimentos que tiveram contato com a água dos alagamentos.
  • Lembre-se que serpentes, aranhas e escorpiões podem estar em qualquer lugar da casa, principalmente em locais escuros. Nunca coloque as mãos em buracos ou frestas. Use ferramentas como enxadas, cabos de vassoura e pedaços compridos de madeira para mexer nos móveis. Bata os colchões antes de usar e sacuda cuidadosamente roupas, sapatos, toalhas e lençóis.
  • Em caso de encontrar animais peçonhentos dentro da residência, afaste-se lentamente, sem assustá-los. E nunca pegue com as mãos animais peçonhentos, mesmo que pareçam estar mortos!
  • Como agir em caso de mordedura de animais peçonhentos:
  • O acidentado deve procurar imediatamente um serviço de saúde, para que seja devidamente atendido. O tratamento deve ser sempre administrado por profissional habilitado e, de preferência, em ambiente hospitalar.
  • NUNCA se deve chupar o local da picada. Não é possível retirar o veneno do corpo, pois ele é rapidamente absorvido pela corrente sanguínea.
  • Não amarre o braço ou a perna picada porque isso dificulta a circulação do sangue, podendo produzir necrose ou gangrena.
  • Não corte o local da picada. Alguns venenos produzem hemorragia e o corte aumentará a perda de sangue.

 

Sérgio Teixeira da Silva – Assessoria de Comunicação SDR Canoinhas