Durante três dias estiveram reunidas em Chapecó, as cinco classes de consumidores da CELESC representadas no Conselho: comercial, industrial, público, rural e residencial. O presidente do Conselho de Consumidores da CELESC (CONCCEL), Herrmann Suesenbach, informa que Chapecó foi escolhida em função do peso forte da economia do Oeste, especialmente nos segmentos rural e agroindustrial.
Uma das novidades para esta edição será aproximar os Conselhos das Cooperativas Rurais de Energia Elétrica que atuam em Santa Catarina com o CONCCEL. O encontro discutiu temas gerais da conjuntura do setor elétrico, das melhorias necessárias na região e os planos da CELESC – especialmente para o setor rural e para a agroindústria.
O presidente da CELESC, Cleverson Siewert, iniciou o evento falando sobre a empresa e os desafios para o futuro.
“Na categoria Evolução do Desempenho fomos a 3ª empresa que mais evoluiu no país. Subimos 6 posições na Categoria de Melhor Distribuidora Nacional ficando em 11º lugar. Somos a 6ª melhor no Brasil na Avaliação de nosso Cliente. Melhoramos 9 posições na Gestão Econômico-Financeira da Empresa e somos a 1ª na Eficiência no uso de capitais próprios e de terceiros. Melhoramos 6 posições na categoria que mede nossa atuação na área de Responsabilidade Social e somos a 9ª melhor do Brasil. E alcançamos excelentes resultados nos indicadores de Perdas de Energia onde somos a 2ª melhor do país e Inadimplência onde somos a 4ª melhor”, resumiu Cleverson.
A Chefe da Assessoria de Responsabilidade Socioambiental da CELESC, Viviani Bleyer Remor, apresentou os programas desenvolvidos pela empresa e destacou a importância deste trabalho nas comunidades.
“Para a CELESC, Responsabilidade Socioambiental é a forma de Gestão ambientalmente correta, socialmente justa e economicamente viável – o chamado triple bottom line, conceito formulado pelo britânico John Elkington”, destacou Viviani.
A CELESC desenvolve processos para concretizar melhorias nas condições de trabalho e na qualidade de vida do planeta. Desde 2006, a Empresa honra os compromissos assumidos com o Pacto Global da ONU, o Pacto Empresarial pela Integridade e Contra a Corrupção, o Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo e o Pacto Nacional contra a Exploração Sexual Infanto-Juvenil nas Rodovias.
Viviani aproveitou o evento para trazer aos participantes um pouco sobre os programas sociais desenvolvidos pela CELESC, entre eles:
Jovem Aprendiz – Em convênio com o Ministério Público, o programa oferece formação técnico-profissional para jovens com idades entre 14 e 16 anos, preferencialmente vindos de casas lares ou abrigos e em situação de risco social. Precisam, obrigatoriamente, estar frequentando a escola. Aproximadamente 500 jovens já foram beneficiados. Agora a CELESC está licitando uma empresa para contratar mais 206 jovens em todo o Estado.
Tô Ligado – Capacitação para jovens com idade entre 18 e 29 anos em situação de risco social, para atuar em ofícios variados e especialmente na prestação de serviços de energia elétrica. Desde 2006, mais de 1.500 jovens foram formados para os ofícios de guarda parque, eletricista comercial e de redes de distribuição.
Energia do Futuro – Capacita famílias de baixa renda para a fabricação de aquecedor solar construído com reutilizáveis (garrafas pet e caixas tetrapak). Estimula o cooperativismo, promove a geração de trabalho e renda, a redução do consumo de energia elétrica e a conscientização ambiental. Nos últimos cinco anos, aproximadamente 1 mil coletores foram construídos e implantados em comunidades empobrecidas e 400 mil garrafas e caixas tetra pak foram retiradas do meio ambiente. Este projeto já beneficia diretamente 25 famílias cooperadas e beneficiou mais de 4 mil pessoas.
Banho de Energia – Em parceria com a Secretaria de Agricultura do Estado e Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural (EPAGRI), o programa oferece um sistema de aquecimento de água que reaproveita o calor que seria desperdiçado nas chaminés, sem aumentar o volume de lenha normalmente utilizada como combustível pelas famílias. Nesta primeira etapa foram beneficiadas 200 famílias da agricultura familiar, quilombolas e de assentamentos com a economia de 100% no consumo de energia elétrica no chuveiro.
Energia do Bem – Por meio do seu Programa de Eficiência Energética, a CELESC investe, atualmente, na eficientização em hospitais filantrópicos e residências de baixa renda. Hospitais são beneficiados com a construção e motores. Residenciais selecionadas recebem lâmpadas econômicas, geladeiras e aquecedores solares.
Energia em Dia – Esta iniciativa visa melhorar o acesso das comunidades empobrecidas ao sistema elétrico, aproximar a Empresa da comunidade e minimizar a inadimplência. Em atenção a esses consumidores, a CELESC criou um mecanismo diferenciado de atendimento. A perspectiva com o projeto é reduzir em 25% a inadimplência desse público.
Energia Cidadã – Objetiva aproximar a empresa da comunidade por meio de ações voluntárias como, por exemplo, a reforma de creches, asilos, comunidades terapêuticas, escolas, limpeza rios e parques, bem como a adoção de praças públicas. Objetiva também internalizar a prática da solidariedade como um valor entre os empregados e alta hierarquia e contribuir para consolidar a estratégia de cidadania empresarial. Já foram realizadas 17 ações, mais 4 até o final do ano, aproximadamente 22 mil beneficiados.
Bônus Eficiente até 50% de desconto – Iniciativa de Eficiência Energética, que por meio de troca de geladeiras e freezer, estimula a doação em espécie para entidades assistenciais.
O empresário e Diretor de Desenvolvimento Industrial e Comercial da ACIC de Chapecó, Nelson Akimoto falou sobre “A Conjuntura do Setor Energético no Oeste Catarinense”. Para Akimoto, o abastecimento de energia elétrica na Região Oeste apresenta sintomas de uma inevitável crise se algumas obras importantes do setor elétrico não forem realizadas com urgência.
Atualmente a Região do Oeste de Santa Catarina tem apenas dois pontos de suprimento de energia, de conexão à rede básica pertencente ao Sistema Integrado Nacional, que é a Subestação Xanxerê da Eletrosul e a UHE Quebra-Queixo. Esta situação é um dos pontos frágeis da região oeste, pois se tem como exemplo a situação que ocorreu no inicio deste ano onde devido ao baixo nível de água observado no Rio Chapecó a UHE Quebra-Queixo quase deixou de operar.
“Se isto vier a ocorrer novamente teremos vários reflexos na qualidade de energia como subtensões, devido a sobrecarga nas instalações da rede básica, pois ficaríamos somente com a Subestação de Xanxerê, pois a nossa capacidade ficaria reduzida em 16% com a saída da UHE Quebra-queixo. Para não se chegar a esta situação pode haver necessidade de cortes de cargas em algumas horas do dia de algumas cargas elétricas”, comentou Akimoto.
De acordo com o empresário, algumas ações teriam que ser efetivadas, como ter uma consultoria técnica no Fórum de Desenvolvimento e Competitividade da Região Oeste para monitorar índices de qualidade de energia e do fornecimento. Realização de um diagnóstico mais detalhado do setor produtivo da região com relação a energia elétrica. Acompanhar o plano de ações na gestão de uma agenda com as agências da CELESC e prefeituras das principais cidades da região visando um planejamento para o atendimento de energia ao setor industrial/rural.
O Especialista em Regulação de Serviços Públicos da ANEEL, Diego Luis Brancher, falou sobre Bandeiras Tarifárias e Tarifa Branca.
Diego explicou que avaliar se a adesão à Tarifa Branca é vantajosa, é preciso que o consumidor verifique seu perfil de consumo de energia ao longo do dia e compare sua fatura com a aplicação das duas modalidades tarifárias, Tarifa Convencional e Tarifa Branca.
As Bandeiras Tarifárias são uma forma diferente de apresentar um custo que hoje já existe na conta de energia. Atualmente, os custos com compra de energia pelas distribuidoras são incluídos no cálculo de reajuste das tarifas dessas distribuidoras e são repassados aos consumidores um ano depois de ocorridos, quando a tarifa reajustada passa a valer.
O Presidente da COPEL, Vlademir Daleffe, palestrou sobre a Atual Crise no Setor Elétrico. A COPEL foi criada em outubro de 1954, é a maior empresa do Paraná e atua com tecnologia de ponta nas áreas de geração, transmissão e distribuição de energia, além de telecomunicações. Opera um abrangente e eficaz sistema elétrico com parque gerador próprio de usinas, linhas de transmissão, subestações, linhas e redes elétricas do sistema de distribuição e um moderno e poderoso sistema óptico de telecomunicações que integra todas as cidades do Estado. Efetua em média, mais de 70 mil novas ligações a cada ano, atendendo praticamente 100% dos domicílios nas áreas urbanas e passa de 90% nas regiões rurais.
O congresso contou ainda com a palestra motivacional “Impulso para o Sucesso” com o presidente do CEAG – Desenvolvimento de talentos, Senhor Gilclér Regina.