O
município de Papanduva é rico em belezas naturais e seu subsolo é privilegiado
com uma significativa quantidade de xisto, as jazidas pesquisadas pela Irati
Energia compreendem a extensão territorial às margens da BR-116 de Curitiba à
Monte Castelo. Os trabalhos de sondagem e descoberta do xisto em território
papanduvense iniciaram em 2011. A fase atual do empreendimento da Irati é de
planejamento, que inclui o licenciamento de uma Instalação Provisória de
Pirólise de Xisto em Escala Piloto, conhecida como Planta Piloto.
Com o
objetivo do nivelamento das informações sobre o Projeto do Xisto e sobre o status
do licenciamento ambiental, os representantes da Irati Energia e Membros do
Governo Municipal de Papanduva reuniram-se na sede da Prefeitura, no dia 29 de maio.
A empresa esclareceu que devido à necessidade de obter Licença Ambiental de
Instalação – LAI a ser emitida pela FATMA, a empresa ainda não tem previsão
exata para instalação da Planta Piloto. Para a obtenção da LAI, a empresa está
elaborando um PBA – Plano Básico Ambiental, que será protocolado para análise
da FATMA.
No local do
projeto, estrada geral do Palmito em Papanduva (SC) já existe infraestrutura: rodovias federais,
ramal ferroviário, linhas de energia elétrica, portos próximos, bem como uma
ampla rede de distribuidores independentes de óleo combustível. Após a obtenção
da LAI, a empresa estima o prazo de pelo menos um ano para instalação da Planta
Piloto, que pretende operar para testes, pelo período de 2 anos.
O Plano Básico
Ambiental – PBA Instalação Provisória para Pesquisa Tecnológica de Xisto de
Papanduva SC
Conforme
exposição da Irati energia no Encontro com os Governantes papanduvenes, o
objetivo da unidade piloto é reproduzir as condições do processo de uma unidade
de porte industrial, mostrando os efeitos das condições
de operação nos resultados obtidos. Seu pequeno porte propicia, ainda, a
possibilidade de testar xistos de outras procedências, inclusive do exterior,
em condições de baixo custo no transporte e no manuseio das rochas a serem
processadas.
Como Funciona?
Mineração: o xisto é extraído de uma pequena mina e
transportado por caminhões em uma distância de 8km até a Unidade Piloto.
Tratamento: nele é realizado a britagem e peneiramento do
xisto a fim de reduzir o seu tamanho.
Retortagem: nesta etapa as partículas do mineral reduzidas são
encaminhadas para um vaso cilíndrico vertical vedado, chamado retorta. No interior da retorta, o
xisto passa por quatro zonas, na seguinte ordem: zona de secagem – para perder
umidade, zona de aquecimento, zona de pirólise – onde o nível de aquecimento
produz óleo e gás do xisto. É, por ultimo, a zona de resfriamento.
Após as três etapas os produtos
líquidos gerados pelo xisto são coletados, medidos e encaminhados para tanques
específicos – parte da água gerada é reciclada no processo e outra parte volta
para o xisto que passou pela retorta – o chamado xisto retortado.
Este xisto é transportado por um
caminhão até a área e mina, onde é recolocado com o objetivo de recuperá-la. Na
unidade piloto, em razão da pequena quantidade produzida, parte dos gases
gerados no processo serão queimados e eliminados por meio de uma chaminé,
enquanto outra parte é reciclada na retorta.
A Irati energia
(fonte: jornal novo tempo/PR)
A Irati Energia, empreitada no Brasil da gigante
canadense Forbes & Manhattan, foi criada em 2011 para explorar o xisto da
região. A Forbes & Manhattan é sediada em Belo Horizonte (MG), mas a Irati
tem escritório em Curitiba (PR). O grupo projeta ultrapassar a Petrosix,
subsidiária da Petrobras que é dona de reserva de 700 mil barris em São Mateus
do Sul (PR), onde produz 7,8 mil barris por dia. A Irati projeta a produção
diária de 25 mil barris de óleo de xisto.
A Irati Energia é detentora
dos direitos de pesquisa de jazidas
de xisto com potencial superior a dois bilhões de barris de óleo. Esta produção
supriria a demanda por mais de 30 anos com xisto proveniente de suas cinco
minas.
Com projeto embasado
em extensas pesquisas prévias, a empresa pretende produzir 25 mil barris de
petróleo por dia, somente na sua primeira instalação, com oito retortas
(reatores). Além disso, o grande potencial das reservas permite ampliações
futuras para produzir volumes de óleo ainda maior.
Tamires Luiz
Dpto. Comunicação Social, Imprensa e
Marketing Municipal